Ícaro Andrade
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Um paralelo entre Brasília e as mulheres. O espetáculo De Salto Alto, Céu e Concreto fala da capital em seu contexto estrutural desde seu projeto inicial e, ao mesmo tempo, faz uma crítica que sobrepõe a mulher em confronto com o que deveria ser e com o que gostaria de ser. O monólogo inédito, escrito e encenado pela atriz brasiliense Hanna Reitsch, está em cartaz no Teatro 1 do Centro Cultural Banco do Brasil, sempre às 20h, amanhã, domingo e no próximo fim de semana.
“O projeto de Brasília contempla uma incrível socialização. A cidade foi criada para se andar a pé a qualquer lugar, só que esse projeto não foi implementado. Inclusive o tema da minha monografia de pós-graduação em Gestão Urbana foi exatamente esse questionamento: “Mobilidade Urbana no Plano Piloto de Brasília, Uma Questão de Projeto ou Gestão?”, explica Hanna.
Em contraponto à cidade e falando de amor, a peça conta a história da personagem Ella, que representa as mulheres que vivem achando que foram criadas para casar e ter filhos, que isso fará delas pessoas mais realizadas. A partir daí os questionamentos aparecem, o que resulta em uma busca incessante pela felicidade. “Não existe fórmula pronta para ninguém, nem mesmo para Brasília. A felicidade é algo pessoal, não é algo que alguém diz para você como tem que ser”, destaca a atriz.
O espetáculo tem cenário assinado por Guto Viscardi e Marley Oliveira. Paredes brancas, tonalidades que variam do branco ao cinza e cubos em diferentes formatos dão a sensação de profundidade da cidade projetada e concretada. A trilha sonora é de Diogo Cerrado, com remixes de músicas de Raul Seixas, Caetano Veloso, além de violão ao vivo. Hanna Reitsch também canta ao vivo em cena.
De Salto Alto, Céu e Concreto
Amanhã e domingo, às 20h.
No Centro Cultural Banco do Brasil (Setor de Clubes Esportivos Sul). Ingressos: R$ 10 (meia-entrada). Informações: 3108-7600. Classificação livre.
