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Entretenimento

Netflix poderá ter transmissão de eventos ao vivo?

Gigante do streaming teve perda de assinantes pela primeira vez em 11 anos

Redação Jornal de Brasília

17/05/2022 17h49

Depois de passar anos rejeitando a ideia de transmitir eventos ao vivo, a Netflix pode estar mudando de ideia. Segundo o site Deadline, a empresa deve adotar o modelo para shows de comédia e especiais de conteúdo ao vivo. O formato foi adotado pela primeira vez durante o evento de comédia feito pela plataforma, o Netflix Is A Joke Fest.

A mudança de postura vem depois de outras plataformas concorrentes se estabelecerem com transmissões ao vivo, como o Star+, Prime Vídeo e HBO Max. Na busca por ampliação de produtos, a Netflix apostou inicialmente no caminho da indústria dos games.

A reviravolta na Netflix pode estar ligada ao atual momento da companhia, que perdeu de cerca de 200 mil assinantes, a primeira em 11 anos. Pior: a empresa projeta perder 2 milhões de assinantes no segundo trimestre. Até sexta, 13, as ações da empresa perderam 70% no valor de mercado. A crise coloca, inclusive, dúvidas sobre todo o setor de streaming.

‘Ame-a ou deixe-a’

Além da mudança de estratégia, a gigante do streaming também realizou mudanças em suas diretrizes internas. Na atualização, divulgada em seu site, a Netflix disse que aqueles que não concordarem com o conteúdo com o qual trabalham são livres para deixar a empresa – é uma espécie de “ame-a ou deixe-a”. O site Business Insider identificou a mudança.

“Nem todo mundo vai gostar – ou concordar com – tudo em nosso serviço”, afirma o documento. “Embora cada produto seja diferente, nós os abordamos com base no mesmo conjunto de princípios: apoiamos a expressão artística dos criadores com quem escolhemos trabalhar; programamos para uma diversidade de públicos e gostos; e deixamos os espectadores decidirem o que é apropriado para eles, em vez de ter a Netflix censurando artistas ou vozes específicas.”

“Como funcionários, apoiamos o princípio de que a Netflix oferece uma diversidade de histórias, mesmo que encontremos conteúdos contrários aos nossos próprios valores pessoais. Dependendo de sua função, você pode precisar trabalhar em títulos que considere prejudiciais e se achar difícil suportar nossa amplitude de conteúdo, a Netflix pode não ser o melhor lugar para você”, concluiu a empresa.

A nova regra foi detectada após o jornal Wall Street Journal afirmar que a empresa irá cortar custos — a meta da empresa é enxugar 25% do orçamento. Não é possível saber se a economia vai incluir também demissões.

Outras novidades

Ainda tentando se reinventar, a Netflix planeja oferecer novos planos de assinaturas mais baratos, financiadas por publicidade — algo sobre o qual ele relutou ao longo dos anos.

Outra das novidades, (que deve desagradar bastante os assinantes atuais) é que a gigante deve proibir o compartilhamento de senhas com usuários de diferentes lares. Segundo a empresa, cerca de 100 milhões de lares dividem contas.

Estadão Conteúdo

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