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Maratona do cinema nacional começa nesta terça-feira no DF

Arquivo Geral

20/09/2016 7h00

Atualizada 19/09/2016 22h33

Depoimentos e cenas de filmes como Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), estão em Cinema Novo, de Eryk Rocha, documentário que abre o festival. Foto: Divulgação

Larissa Galli
cultura@jornaldebrasilia.com.br

Com a responsabilidade de abrir espaço para a produção cinematográfica do País na capital, o 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro começa hoje, a partir das 20h30, no Cine Brasília (106/107 Sul). A novidade desta edição fica por conta do maior número de longas na mostra competitiva. Ao todo, nove (e não seis) longas e 12 médias e curtas-metragens concorrem a prêmios no valor de R$ 340 mil.

A programação vai até 27 de setembro, com mostras paralelas, seminários, debates e oficinas. O festival conta ainda com a criação da medalha Paulo Emilio Salles Gomes, que vai homenagear produtores audiovisuais importantes do cenário brasileiro. O primeiro a receber a honraria é o ator, crítico, escritor e cineasta Jean-Claude Bernardet, que este ano completa 80 anos, por suas contribuições ao cinema brasileiro.

Como testemunha da história do cinema brasileiro, a disputa pelo Candango tem uma longa tradição de promover a reflexão sobre a sétima arte. É com essa intenção que a noite de abertura recebe o longa Cinema Novo, de Eryk Rocha. O documentário retrata o movimento que lançou alguns dos maiores nomes do cinema brasileiro, como Glauber Rocha, pai de Eryk. De acordo com o curador do evento, Eduardo Valente, o filme resgata um olhar histórico do cinema, característico do Festival de Brasília. “Cinema Novo coloca a tradição original do cinema em conexão com o futuro, e mostra que (a sétima arte) está viva e cheia de força e energia”, explica.

Para o coordenador geral do Festival, Sérgio Fidalgo, a grade de programação de mostras paralelas também merece destaque. “São filmes que se inscreveram, mas não foram selecionados para a mostra competitiva. Mesmo assim, a comissão de curadoria deu esse espaço pela temática que os filmes abordam”, destaca. As três mostras paralelas sobre temas da realidade brasileira podem ser conferidas em horários alternativos e com entrada gratuita.

Todas as regiões do País

A respeito do conceito para a escolha dos filmes em disputa, Valente diz que a ideia era dar representatividade aos diversos tipos de produção cinematográfica brasileira. “Queríamos dar espaço para a produção descentralizada que cresceu muito no Brasil nos últimos anos. E tivemos a feliz coincidência de selecionar filmes de todas as regiões do País”.

Os longa-metragens da mostra competitiva são: A Cidade Onde Envelheço (MG/Portugal), Antes o Tempo Não Acabava (AM), Deserto (RJ), Elon Não Acredita na Morte (MG), Malícia (DF), Martírio (PE), O Último Trago (CE), Rifle (RS) e Vinte Anos (RJ/Costa Rica).

Muito além das mostras competitivas

Além dos 21 filmes que fazem parte das mostras competitivas de longas e curtas-metragens, esta edição do Festival de Brasília conta com 20 obras em mostras paralelas e sessões especiais. Algumas exibições são acompanhadas de debates com a produção do filme e todas possuem entrada franca.

A mostra A Política no Mundo e o Mundo da Política busca abrir espaço para filmes – de ficção ou documentário – que registram os bastidores da política. Já a mostra Cinema Agora! tem como ideia juntar obras que, a partir de propostas diferentes de cinema, expressem a necessidade da manifestação pessoal por meio da sétima arte. Além disso, o Festivalzinho envolve a exibição de produções voltadas para o público infantil.

As Sessões Especiais trazem o longa inédito A Destruição de Bernadet, de Claudia Priscilla e Pedro Marques, que mistura realidade e ficção ao contar a história do grande pensador do cinema brasileiro, Jean-Claude Bernadet. Além do novo longa de Julio Bressane, Beduíno.

O festival também se estende para o Cinema Voador no Condomínio do Sol Nascente, em Ceilândia; além de workshops, seminários e debates no Museu Nacional da República (Esplanada dos Ministérios). Uma das palestras mais aguardadas é Direção Cinematográfica, que vai ser ministrada por Kléber Mendonça Filho, diretor do premiado Aquarius.

Serviço:

49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

  • De hoje a 27 de setembro. No Cine Brasília (106/107 Sul) e em outros pontos do Distrito Federal. Programação completa disponível no site festbrasilia.com.br.
  • Ingressos para a Mostra Competitiva: R$ 6 (meia-entrada).
  • Informações: 3325-7777.
  • A classificação indicativa varia de acordo com o filme.

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