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Literatura

História brasileira: os bastidores da luta contra a escravidão

Resultado de 10 anos de pesquisa sobre um dos maiores abolicionistas do Brasil é apresentado em lançamento; produção é do bisneto de Antônio Bento, Luiz Antônio Muniz de Souza e Castro, e da professora Débora Fiuza de Figueiredo Orsi

Redação Jornal de Brasília

20/08/2020 16h07

A Redenção de Antônio Bento é a primeira biografia de um dos maiores abolicionistas brasileiros. De impressionante atualidade, a obra mostra a saga do humanista Antônio Bento, da metade do século XIX, que lutou contra a escravidão, o racismo, a falta de assistência aos menos favorecidos, a corrupção no sistema político, a mídia corrompida e a injustiça social.

Obra é uma homenagem ao herói e também esclarece diversas controvérsias sobre a vida de Antônio Bento. Luiz Antônio Muniz de Souza e Castro, bisneto direto do biografado, e a professora Débora Fiuza de Figueiredo Orsi apresentam o produto de 10 anos de uma pesquisa profunda e criteriosa com fontes primárias. Enriqueceu a produção a viúva de Antônio Bento, dona Benedicta Amélia, que criou o pai do autor e se constituiu na ponte de gerações ao transmitir esses registros históricos

Com endosso do sociólogo e político Florestan Fernandes (1920 – 1995), o lançamento relata a luta contra a escravidão de uma São Paulo na qual prevaleciam os interesses dos escravagistas.

“Somente Antônio Bento perfilha uma diretriz redentorista, condenando amargamente o engolfamento do passado no presente, através (sic) do tratamento discriminativo e preconceituoso do negro e do mulato. Em consequência, o mito floresceu sem contestação, até que os próprios negros ganharam condições materiais e intelectuais para erguer o seu protesto. Um protesto que ficou ignorado pelo meio social ambiente, mas que teve enorme significação histórica, humana e política. De fato, até hoje, constitui a única manifestação autêntica de populismo, de afirmação do povo humilde como gente de sua autoliberação.”
(Florestan Fernandes – A Redenção de Antônio Bento, pág. 26)

Os bastidores da organização dos Caifazes, movimento abolicionista paulistano, também são destaque na obra, já que Antônio Bento assumiu a liderança da ação após a morte do poeta Luís Gama.

O volume é rico em fotos, memórias e documentos da vida do juiz considerado “o John Brown brasileiro” por um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, Joaquim Nabuco. O livro contém mais de 300 referências bibliográficas consultadas, mas as principais são as da imprensa de Antônio Bento, como o jornal A Redempção, de 1887 a 1899, reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

A Redenção de Antônio Bento é uma obra atemporal que provoca reflexão sobre os dias atuais. Uma verdadeira homenagem ao herói que também esclarece vários pontos controversos sobre sua vida.

Ficha Técnica:
Título
: A Redenção de Antônio Bento
Autores: Luiz Antônio Muniz de Souza e Castro e Débora Fiuza de Figueiredo Orsi
Editora: Reality Books
ISBN: 978-65-00-02695-5
Páginas: 456
Formato: 21 x 14 cm
Preço: R$136,00
Link de venda:  www.antoniobento.com e https://amzn.to/2XOyjig

Sinopse: Para contar a vida e obra de Antônio Bento (1843 – 1898), os autores mergulharam em pesquisa profunda e criteriosa, em fontes primárias, – trabalho de uma década!-, dando luz a um verdadeiro herói nacional pouco reconhecido, mas que, justamente por isso, concedeu aos autores a chance de levar aos leitores os bastidores da luta contra a escravidão, o comando da Ordem dos Caifazes, a Hospedaria dos Negros – em contraponto à Hospedaria dos Imigrantes -, o Quilombo do Jabaquara, o jornal abolicionista A Redempção, declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, e tantos outros fatos da época.

Sobre o autor: Luiz Antônio Muniz de Souza nasceu em São Paulo, é economista, bacharel em Direito e empresário.

Sobre a autora: Débora Fiuza de Figueiredo Orsi, paulista, é professora de Língua Portuguesa, editora, redatora e revisora.

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