Menina, segura esse babado que o muso de Recife, jornalista Gabriel Vaquer, trouxe agora na Folha, o Vale Tudo da ficção parece ter virado vale tudo mesmo na vida real! Taís Araújo, a nossa Raquel poderosa, levou uma queixa contra a autora Manuela Dias direto pro compliance da Globo, sim, o setor onde as coisas deixam de ser fofoca e viram processo.
A treta começou em agosto, quando Taís procurou Manuela pra conversar sobre os rumos da personagem. E não foi DR de diva, não! Taís se queixou de que Raquel estava sendo escrita como mais uma mulher negra fadada ao sofrimento, aquela velha história de “forte, resiliente, guerreira”, mas sem espaço pra ser leve, feliz e complexa.

O clima azedou de vez quando a atriz percebeu que sua protagonista simplesmente começou a sumir da novela. Sim, Brasil! A mocinha que carregava o enredo nas costas passou a aparecer só em ações de merchandising. A mulher que inspirava virou figurante de si mesma.
Pressionada por movimentos negros e incomodada com a forma como Raquel estava sendo retratada, Taís bateu o pé, e Manuela retrucou. As duas discutiram feio, cada uma defendendo sua visão, e o barraco foi parar onde dói: nos corredores éticos da emissora.

E não para por aí: Manuela também teria revidado com uma queixa contra Taís, alegando quebra de código de conduta. Ou seja: o vale tudo virou mesmo uma guerra fria entre a pena e o protagonismo.
Desde então, silêncio total. Nenhuma das duas se fala, ninguém comenta oficialmente, mas o burburinho corre solto pelos estúdios. Fontes próximas garantem que Taís não age por vingança, o objetivo dela seria maior: provocar a Globo a repensar como retrata pessoas negras em seus folhetins.

Enquanto isso, o público assiste perplexo: a novela acabou, mas o debate começou. E dessa vez, meu amor, não é ficção, é representatividade em carne viva.