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Kátia Flávia
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Três bebês e um útero de volta: o caso real que deixa Grey’s Anatomy no chinelo

Após gestar trigêmeos com um útero transplantado, mulher precisa retirar o órgão e a história já é considerada um dos maiores avanços (e desafios!) da medicina reprodutiva.

Kátia Flávia

27/10/2025 13h30

Após gestar trigêmeos com um útero transplantado, mulher precisa retirar o órgão e a história já é considerada um dos maiores avanços (e desafios!) da medicina reprodutiva.

Amigas, estava eu aqui comprando alguns mimos para o chá de bebê da minha melhor amiga que vai acontecer daqui a duas semanas, quando escuto duas mulheres na fila do caixa sobre uma moça que teve trigêmeos com um útero transplantado. Sim, meus amores, foi exatamento isso que vocês leram!!!

Jéssica foi a primeira mulher no mundo a realizar um transplante inédito em toda a América Latina: o de útero. A paulistana nasceu sem o órgão por conta de uma síndrome raro e sua irmã, Jaqueline, foi a doadora.

A cirurgia foi realizada no ano passado pelo Hospital das Clínicas e foi o primeiro transplante de útero entre mulheres vivas da América Latina. Esse feito inédito da medicina brasileira abriu caminho para uma gestação que parecia impossível.

Então, Jéssica viu um sonho improvável se transformar em realidade: ela se tornou mãe de trigêmeos gerados pelo útero que foi doado pela própria irmã. Mas ela precisou devolver o útero após o procedimento,porque o órgão transplantado exige o uso contínuo de imunossupressores.

Segundo os médicos, esses medicamentos impedem a rejeição do órgão, mas eles também reduzem as defesas do corpo e aumentam o risco de infecções graves.

“Depois que a paciente realiza o sonho de engravidar, não há razão médica para manter o útero, já que ele passa a representar mais riscos do que benefícios”, explicou o Dr. Dani Eijzenberg, ginecologista e coordenador da equipe responsável pelo transplante.

O parto prematuro dos trigêmeos ocorreu em 20 de agosto, na 28ª semana de gestação, mobilizando uma equipe de dezenas de médicos e enfermeiros.

Hoje, as crianças estão saudáveis e em casa. Jaqueline, a doadora do útero e irmã de Jéssica, celebra a recuperação das duas. “É uma gratidão eterna”, disse ela. Esse caso abriu novos horizontes para tratamentos de fertilidade e transplantes de útero no mundo.

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