Com apenas 28 anos, Bárbara Elisa Yabeta Borges era dessas mulheres que transformam rotina em poesia. Bancária, viajante e apaixonada por esportes e natureza, compartilhava nas redes um olhar leve e cheio de sensibilidade sobre o mundo. Sua última postagem? Uma reflexão sobre afeto, prioridades e o que realmente importa na vida — ironia cruel de um destino que a arrancou da própria história poucas horas depois.

Na tarde desta sexta-feira (31), Bárbara voltava da Ilha do Governador em direção ao Cachambi, no banco de trás de um carro por aplicativo, quando tiros ecoaram na altura da passarela do Fundão, na Linha Amarela, Zona Norte do Rio. Em segundos, o que era uma simples viagem se transformou em tragédia. Baleada na cabeça, ela foi socorrida e levada às pressas para o Hospital Geral de Bonsucesso, mas não resistiu.

Nas redes, amigos e desconhecidos lamentam a morte precoce da jovem, lembrada pela alegria, pelas viagens e pelo sorriso que parecia caber no mundo. A história de Bárbara é mais uma ferida aberta na cidade onde a violência insiste em calar vidas que só queriam viver.
“Ela só queria chegar em casa. E o Rio não deixou.”