A família de Mario Jorge Lobo Zagallo está no centro de uma controvérsia judicial após uma ex-cuidadora processar o espólio do famoso ex-jogador da seleção brasileira.
A cuidadora, que entrou com a ação na 42ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, está exigindo R$ 190 mil de indenização, enquanto a proposta da família foi de apenas R$ 18 mil, que foi prontamente recusada.
O processo foi movido em abril, pouco depois da morte de Zagallo em janeiro, aos 92 anos. A cuidadora denunciou que suas condições de trabalho eram precárias e abusivas. Ela revelou que, para cuidar de Zagallo, dormia em um colchão no chão e estava disponível 24 horas por dia, sendo constantemente acordada. A situação piorava, segundo ela, com a impossibilidade de sair nem mesmo para suas refeições.
Além das condições adversas, a cuidadora acusou o filho de Zagallo, Mário César, de manter um ambiente hostil e ofensivo, caracterizando um caso de assédio moral. Durante a pandemia, ela teria sido forçada a realizar tarefas além das suas funções, como limpeza, lavanderia e preparo de refeições.
A ação inicial pedia R$ 328.115,27, incluindo FGTS, férias, verbas rescisórias, horas extras e compensação por assédio moral.
Este não é o primeiro conflito judicial envolvendo a família de Zagallo. Em 2021, uma denúncia de abuso sexual contra Mário Zagallo foi arquivada por falta de provas.
A acusação, feita por Fabiane Ribeiro Barbosa, outra ex-cuidadora de Zagallo, alegava abusos entre 2017 e 2021.
Embora Mário tenha confirmado um relacionamento extraconjugal com Fabiane, ele negou qualquer violência sexual, e a investigação não encontrou evidências de comportamento abusivo
