Amadinhos , o céu virou fúria. Um tornado atingiu o Sul do Brasil na noite de ontem (7/11) e transformou parte do Paraná num cenário de guerra. Casas destelhadas, ruas cobertas de destroços e uma população inteira tentando entender o que restou do lugar onde vivia. Pelo menos cinco pessoas perderam a vida, 432 ficaram feridas, nove delas em estado grave e dezenas seguem desaparecidas, segundo a Defesa Civil.
A cidade de Rio Bonito do Iguaçu é uma das mais afetadas. “Parece que passou um trator sobre tudo”, relatou um morador em prantos. Equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e voluntários trabalham sem parar no resgate das vítimas. Hospitais montaram estruturas emergenciais para receber os feridos, e cães farejadores ajudam nas buscas entre os escombros.
As imagens que circulam nas redes sociais são devastadoras: postes retorcidos, carros virados e famílias inteiras desabrigadas. O governador do Paraná, Ratinho Jr., declarou solidariedade às vítimas e prometeu apoio imediato. “Estamos acompanhando de perto as cidades atingidas. Nossa prioridade é salvar vidas e reconstruir o que foi destruído”, disse em nota oficial.
Equipes de diferentes órgãos, bombeiros, polícias e secretarias de saúde ,foram deslocadas para os municípios mais atingidos. Um hospital de campanha já está funcionando na região para acolher quem perdeu tudo.
Como se não bastasse, o fenômeno meteorológico evoluiu para um ciclone extratropical, atingindo também partes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Ventos violentos, chuva intensa e quedas de energia vêm sendo registradas desde a madrugada. A Defesa Civil paulista emitiu alerta para a população, com risco de tempestades e rajadas acima de 100 km/h em várias regiões, incluindo Grande São Paulo, Vale do Paraíba, Baixada Santista e Campinas.
Segundo a Climatempo, o sistema de baixa pressão combinado à frente fria deve gerar chuvas fortes, relâmpagos e ventania nos próximos dias, com possibilidade de novos transtornos.
Em meio ao caos, o Brasil se une num só sentimento: solidariedade. A tragédia mobiliza doações, campanhas e correntes de apoio nas redes. E enquanto o vento passa, fica a certeza de que reconstruir é mais do que erguer paredes , é reacender a força de quem sobreviveu.
Quando o céu desaba, é o coração do povo que levanta o país.