Meninas, vou confessar com a franqueza de quem já viveu todas as modas e sobreviveu a elas. Sempre fui meio desconfiada do TikTok. Achava barulho demais, pressa demais, coreografia demais. Mas a gente não pode fingir que não vê o poder de fogo da coisa.Outro dia, ali no Cosme Velho, entre um café bem servido e comentários afiados, reparei que minhas amigas simplesmente não largam o aplicativo. É TikTok de manhã, de tarde e de noite, como quem acompanha a Bolsa de valores, só que de salto e batom impecável.
E aí a ficha caiu. Não é vício, é domínio. O TikTok não pede licença, ele entra, ocupa espaço e pauta conversa. Quem ainda torce o nariz está só adiando o inevitável. Elegância, minhas queridas, também é saber reconhecer onde o mundo está girando. E, gostemos ou não, hoje ele gira em formato vertical.

Enquanto a publicidade tradicional ainda discute layout, reunião de alinhamento e aquele PDF que ninguém leu, o TikTok foi lá, fez conta simples e jogou o resultado na mesa. Anúncio feito por influencer dá 70 por cento mais clique. Setenta. Não é força de expressão, é matemática mesmo.
E não para por aí. O engajamento é 159 por cento maior. Ou seja, o público não só vê, como reage, comenta, compartilha e confia. Porque creator fala a língua da rua, entende o timing da plataforma e não precisa pedir bênção para publicar.

O relatório analisou campanhas de 2024 a 2025 e chegou a uma conclusão nada surpreendente para quem vive o digital. Influencer entrega rápido, produz muito e tem algo que marca ama fingir que compra. Confiança real com a audiência.
Na prática, enquanto o marketing tradicional sofre com burocracia, aprovação infinita e deadline elástico, o creator resolve tudo no café da manhã. Tem ideia, grava, publica e pronto. Resultado na mesa antes do almoço.
Como resume Fabio Gonçalves, veterano do marketing de influência, o CPM igual deixa claro que o problema nunca foi o preço. Sempre foi a eficácia. Creator conecta de verdade, gera clique, conversão e valor. Simples assim.
A moral da história é direta. Não basta ter produto caro nem orçamento musculoso. Quem não entender que a publicidade mudou vai continuar gastando bem para performar mal. No TikTok, a propaganda não grita. Ela conversa. E quem conversa, vende.