Meu amor, não teve reza, novena, nem contrato empurrado pela porta dos fundos que segurasse Ticiane Pinheiro na Record. A emissora até tentou manter a rainha do sorriso branco, ofereceu renovação, mandou papel timbrado, mas a loira segurou a caneta como quem segura segredo proibido. E por que isso, minha gente? Porque desde que César Tralli atravessou o túnel da Barra e desembarcou no Jornal Nacional, assinando o RG global, o destino da Tici já estava tão anunciado quanto a chegada do calor em dezembro.
O gossip profissional já cantava essa pedra: como manter a apresentadora presa no Hoje em Dia enquanto o marido assumia o trono do JN? Era casamento em trânsito, ponte aérea afetiva, família separada por escalas, e um contrato que mais parecia um chinelo velho insistindo em não romper. Foram meses com o papel da renovação parado na mesa dela. Bastava assinar. E ela não assinou. Perua esperta sente o vento da mudança antes da ventania.
A Record, claro, fez seu texto institucional com laços dourados. Falou em parceria, respeito, trajetória linda e dedicação. E é verdade. A Tici entregou duas décadas de suor, pauta e salto alto. Passou por novela, reality, sitcom, reportagem, bancada fixa. Virou rosto marcante da casa. Mas, meu anjo, televisão é movimento. E quando o cenário muda, a estampa do figurino muda junto.
A verdade nua, crua e com brilho gloss é simples: Ticiane deixa a Record no fim de dezembro e abre, com toda a sutileza de uma porta de camarim brilhando, a possibilidade de finalmente alinhar sua vida pessoal e profissional. Globo? Conversa existe? Convite velado circula? O público já especula como quem especula loteria em véspera de feriado. Nada confirmado, claro, mas impossível não notar que o tabuleiro se mexeu e sobraram poucas casas disponíveis para negar o óbvio.
E a pergunta que ecoa nas paredes do Projac e nos corredores de fofoca é só uma: Tici vai? A gente não crava, mas a estrada está asfaltada, sinalizada e com tapete vermelho estendido. Só falta ela atravessar.