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Kátia Flávia
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Stalker invade rotina de Isis Valverde, burla segurança, contrata detetive e acaba preso no Rio

O caso expõe falhas graves de segurança, escancara o terror do stalking e coloca a vida de uma mulher pública em risco real.

Kátia Flávia

22/12/2025 9h30

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Stalker de Isis Valverde é preso. Foto: reprodução/redes sociais

Amores, não se fala em outro assunto aqui no Cosme Velho, todo mundo está assustado, passado e indignado com a gravidade do caso. O que aconteceu com a nossa amiga Isis Valverde chocou o bairro inteiro e deixou um clima pesado de medo e alerta no ar. É revoltante. É assustador. E não pode passar como mais um caso policial perdido no noticiário. A atriz Isis Valverde foi alvo de uma perseguição persistente, invasiva e perigosa, que terminou com a prisão de um homem dentro do condomínio onde ela mora, no Rio de Janeiro.

Segundo a investigação revelada em reportagem exibida no Fantástico, o homem conhecia detalhes minuciosos da rotina da atriz. Sabia horários, movimentações e conseguiu até o endereço da residência após contratar um detetive particular, que forneceu dados pessoais sigilosos. Isso não é curiosidade. Isso é crime.

Não bastasse a obsessão, ele conseguiu burlar o esquema de segurança do condomínio, apresentando-se como parente da atriz. Em uma das tentativas, chegou à porta da casa e foi recebido por funcionários, enquanto Isis e o marido, o empresário Marcus Buaiz, não estavam no local. Em outra investida, voltou levando um presente. Na terceira, já neste mês, foi contido na portaria e preso em flagrante.

A Justiça converteu a prisão em preventiva. Segundo o delegado responsável pelo caso, o comportamento do acusado era agressivo e intimidatório. Em depoimento, ele afirmou perseguir a atriz há cerca de 20 anos. Vinte anos. Não é episódio isolado. É obsessão prolongada.

Isis Valverde se manifestou por meio de nota. Disse que vinha sendo perseguida há anos, agradeceu a atuação das autoridades e deixou claro o óbvio que muitas mulheres precisam repetir em voz alta. Sua prioridade é a segurança da família.

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O homem é suspeito de perseguir a atriz Isis Valverde por mais de 20 anos. Foto: Reprodução.

O caso dela joga luz sobre um problema estrutural. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que o Brasil registrou mais de 95 mil casos de stalking em 2024, uma média de 260 por dia. E especialistas alertam que o número real é maior, porque muitas vítimas não denunciam. Por medo. Por cansaço. Por descrédito.

Stalking não é exagero. Não é admiração. Não é insistência romântica. É violência psicológica. É invasão. É terror cotidiano. Quando alguém muda a rotina, deixa de sair, altera hábitos e vive em alerta constante por causa de outra pessoa, isso é crime. E precisa ser tratado como tal.

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