A continuação de Avenida Brasil já se movimenta nos bastidores e coloca novamente Carminha (Adriana Esteves) sob os holofotes. Desta vez, a personagem retorna em uma trajetória cheia de curvas perigosas, que mistura sede de recomeço, ambição e um possível acerto de contas, tudo isso sem entregar ao público se sua alma realmente mudou ou se ela apenas está preparando seu golpe mais elaborado.
Segundo informações de Carla Bittencourt do Portal Leo Dias, a nova fase parte de um momento decisivo: Carminha finalmente abandona o lixão. Após anos vivendo entre restos, assumindo “quase por obrigação” a função de líder das crianças depois da morte de Mãe Lucinda (Vera Holtz), ela começa a sentir o peso de uma vida que nunca foi sua. O enredo deixa claro que, apesar das tentativas de manter o lugar minimamente organizado, a vilã percebe que “jamais nasceu para aquele lugar”. É dessa inquietação que nasce a chama que reacende toda a história.
Disposta a recuperar a vida confortável que teve ao lado de Tufão (Murilo Benício), Carminha traça silenciosamente seu retorno. E é aí que o grande enigma da trama entra em cena: Ela mudou? Ela ama? Ela quer vingança? Ou só deseja voltar ao luxo que perdeu? As perguntas ecoam como o combustível principal da narrativa.
Seguindo um movimento que remete ao que Nina (Débora Falabella) fez no passado, Carminha começa a agir “pelas beiradas”. A porta de entrada para esse mundo é Ágata (Karol Lannes), a filha que ficou anos fora do Brasil e volta desejando reconstruir a relação com a mãe. Atenta, calculista e emocionalmente estratégica, Carminha usa essa reaproximação como ponte para reinserir seu nome na rotina da família, aproveitando o turbilhão de emoções que a presença da filha causa, inclusive em Tufão.
A nova etapa da novela também mira em reflexões atuais. O enredo passeia pelas transformações das famílias que prosperaram entre 2010 e 2012 e que, após a virada do país pós-2016, precisaram se reinventar para sobreviver. O texto investiga os que se mantiveram firmes, os que desmoronaram e aqueles que tiveram de agarrar o pouco que restou e, claro, questiona onde Carminha se encaixa nesse novo cenário social.
O retorno da história promete um choque poderoso entre passado e presente. Dividida entre o que foi, o que fingiu ser e o que ainda pode se tornar.
