Queridos, segurem o chapéu de palha, o terço, a lágrima e a maquiagem porque Rodrigo Santoro voltou para a Netflix em estado bruto, intenso, espiritualizado e com uma entrega que faz até quem não chora derramar uma lágrima. No novo filme “O Filho de Mil Homens”, adaptação da obra poética de Valter Hugo Mãe, o ator mergulha tão fundo no personagem Crisóstomo que parece que ele saiu diretamente de dentro da areia, do vento e do mar da história.
E quem o conduz nesse mergulho? Daniel Rezende, o diretor que decidiu encarar o desafio de adaptar um escritor que, segundo ele próprio, é um gênio cuja obra fala mais pela alma do que pela boca. Rezende contou que o maior desafio foi “desapegar um pouco da palavra e transformar sentimento em silêncio, olhar e respiração”. Ou seja, é cinema daquelas camadas que até crítico sente um friozinho na espinha.

Na entrevista ao Canal Like, Rezende solta a pérola que define o filme: “O público é convidado a montar um quebra-cabeça emocional que amplia o conceito de família.” Pronto. A gente já pega a piteira, o espumante e entende o nível de entrega desse projeto.
Agora, vamos ao fofo do SANTORO. Rodrigo aparece numa forma que faz a gente até esquecer o galã polido do tapete vermelho. Ele diz que Crisóstomo é “forjado pela natureza”, um homem isolado, contemplativo, que cresce longe da bagunça social, mas profundamente conectado ao silêncio. E meu amor… silêncio nunca falou tão alto quanto fala nesse filme.
Santoro descreve a preparação como “uma meditação, um exercício de presença”. Não era sobre andar bonito ou falar com elegância, era sobre HABITAR o vazio daquele homem. E ele habita. Ele ocupa. Ele entrega. É o tipo de atuação que se você assiste com o ar-condicionado ligado, corre o risco de arrepiar do mesmo jeito.

O Canal Like mostra isso numa conversa conduzida pela jornalista Flávia Guerra, que puxa do diretor e do ator confissões sobre criação, afeto, pertencimento e a redefinição do que significa ser família tudo isso em um filme que já estreia como favorito do público que gosta de cinema com poesia, densidade e aquela melancolia bonita que fica na boca como gosto de mar.
Para quem achou que Santoro já tinha entregado tudo… não, queridos. Esse Santoro é outro. É homem de mil camadas, mil silêncios, mil dores e tudo isso diante da câmera.
“O Filho de Mil Homens” já está disponível na Netflix. Assista preparado: não é entretenimento. É experiência.