Meus amores estou indo pra academia, afinal, quero estar linda pro Natal e estava pensando, se existe palco em que o Brasil sabe entregar espetáculo, é aquele onde tem luz, público e gente voando literalmente. E na noite desta quinta-feira (13/11), foi a vez da Praça Duó, na Barra da Tijuca, virar o Baile da Saudade do skate, com direito a grito, suor, vibração e manobra que desafia até a paciência de São Pedro.
Depois de três etapas, Porto Alegre, São Paulo e agora o Rio o Mini Ramp Pro Attack coroou seus queridinhos de 2025: Pedro Carvalho, o catarinense que entrou na pista querendo só “dar um rolê” e saiu levando dois troféus, um anel e metade do nosso respeito nacional; e Raicca Ventura, a paulista poderosa que fez história no primeiro circuito feminino da categoria.

E, convenhamos, meus amores: esse 2025 foi literalmente “o ano do Pedro”. O menino ficou em segundo em Porto Alegre, ganhou São Paulo no último fim de semana e chegou no Rio distribuindo manobra como quem distribui flyer de festa open bar na praia. Resultado? 92,33 pontos e o pacote completo: título do Rio, título do circuito, anel da temporada e o direito eterno de dizer “tô vivendo meu auge”.
“Estou muito feliz”, disse ele, entre um sorriso e outro e a gente sabe que quando atleta fala “estou muito feliz”, significa ‘estou me achando, com toda razão’.
Enquanto isso, no feminino, Raicca Ventura não estava só competindo: ela estava em missão, meus amores. Missão de ganhar o primeiro circuito feminino da história do Mini Ramp Pro Attack. E entregou. Esteve em todos os pódios, levou Porto Alegre, ficou vice em SP e no Rio, e ainda rasgou elogios para a final digna de Copa do Mundo do skate, com brasileiras, japonesas e espanhola brigando ponto a ponto.
“O nível foi pesado!”, gritou Raicca e, olha, se ela falou que foi pesado, é porque foi mesmo. O line-up tinha Sakura Yosozumi, Mizuho Hasegawa (que ganhou o Rio), Naia Laso, e metade da galera que já deveria ter o nome estampado na Times Square.

E não podemos esquecer que esse campeonato só funciona porque tem um squad de marcas que carrega a energia do rolê: Posso! Skateboards, Vans, Formica, Layback, Visit Rio, Eletromidia e a Heineken 0.0 porque, meus amores, ninguém quer atleta dando ollie chapado.
Ao final, o Rio entregou o que prometeu: calor, adrenalina, truque, gritaria, público enlouquecido e mais emoção do que final de The Voice Kids.
Pedro Carvalho e Raicca Ventura, meus amores, brilharam sem dó.