Gente, estou aqui tentando trabalhar e lidando com a minha assistente surtando do meu lado por conta da inúmeras mensagens e ligações que recebi nos últimos cinco minutos por conta da morte da Preta Gil. Assim como vocês, eu ainda estou digerindo a informação de que essa artista maravilhosa não está mais entre nós.
A cantora e empresária Preta Gil passou cerca de 60 dias nos Estados Unidos, entre os meses de maio e julho de 2025, para realizar um tratamento experimental contra o câncer colorretal. Essa decisão veio após a doença apresentar metástase e evoluir mesmo após cirurgia e sessões de quimioterapia no Brasil. Em busca de novas possibilidades terapêuticas, Preta embarcou para os EUA com o apoio da família, amigos e equipe médica.
“Fui atrás de drogas que ainda não chegaram ao Brasil”, disse a artista em entrevista ao Domingão com Huck, uma de suas últimas participações na televisão. “Estou lutando com tudo o que a medicina tem de mais moderno.”
Centros médicos de ponta
Durante sua estadia nos Estados Unidos, Preta foi atendida em dois centros reconhecidos mundialmente por conta de seus avanços em oncologia:
• Memorial Sloan Kettering Cancer Center (Nova York): Um dos hospitais de câncer mais renomados do mundo, referência em pesquisas com terapias celulares, imunoterapia e tratamento personalizado para tumores sólidos. É conhecido por liderar estudos clínicos com terapia CAR-T, focada no uso de células do próprio paciente para combater o câncer.
• Virginia Cancer Institute (Richmond, Virgínia): Especializado em terapias experimentais, o centro é voltado para tratamento de cânceres refratários e participa de estudos internacionais em parceria com universidades norte-americanas. Preta teria passado por ciclos de imunoterapia combinada com medicamentos-alvo, além de sessões de alta precisão de quimioterapia.
Ambos os centros trabalham com protocolos que ainda não estão amplamente disponíveis no Brasil, o que motivou a cantora em viajar para o exterior.
Evolução do tratamento e esperança
Preta Gil embarcou no início de maio de 2025, acompanhada de sua filha, Bela Gil, e do amigo e assessor Gominho. Ao longo dos dois meses, ela sempre manteve os fãs informados pelas redes sociais, onde aparecia em momentos de descontração — como ao participar de uma dança no TikTok com os amigos, mesmo durante o processo de internação ambulatorial.
Fontes próximas revelaram que a artista respondeu bem às primeiras fases do tratamento, o que permitiu que ela fizesse algumas aparições públicas leves, ainda em Nova York, durante os intervalos do protocolo.
A luta de uma mulher anárquica
Diagnosticada inicialmente em janeiro de 2023, Preta Gil enfrentou a doença com a mesma bravura com que sempre conduziu sua carreira artística. Cantora, compositora, empresária, apresentadora e atriz, ela foi pioneira em colocar temas como positividade corporal, sexualidade, antirracismo e saúde mental no centro do debate público.
A decisão de buscar um tratamento experimental internacional reafirma essa postura da famosa: a de uma mulher anárquica, no melhor sentido do termo — que rompe regras, desafia limites e não aceita a passividade diante das adversidades.
Previsão de retorno e continuidade
A previsão inicial era que o protocolo fosse encerrado no fim de julho, com o retorno da artista ao Brasil em agosto de 2025 para dar continuidade ao acompanhamento com a equipe médica local. Embora discretos sobre o quadro clínico, os médicos ressaltaram que a resposta inicial ao tratamento nos EUA foi considerada “positiva”.
Linha do tempo resumida:
• Janeiro de 2023: Diagnóstico de câncer colorretal
• Setembro de 2023: Remissão inicial após cirurgia e tratamento no Brasil
• Agosto de 2024: Descoberta de metástases
• Maio de 2025: Viagem aos EUA para tratamento experimental
• Julho de 2025: Conclusão da fase intensiva do protocolo
• Agosto de 2025: Previsão de retorno ao Brasil para seguimento clínico
Preta Gil enfrentou a doença com a mesma intensidade com que viveu a vida: com coragem, verdade e desejo de se reinventar. Mesmo em tratamento, seguiu sendo presença pública e voz ativa — fazendo de sua própria luta mais uma forma de transformar dor em potência.