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Kátia Flávia
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Fábio Coelho, do Google: “A IA está transformando o Brasil”

O presidente do Google destaca o impacto da inteligência artificial na produtividade e na criatividade dos brasileiros

Kátia Flávia

29/10/2025 10h00

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Coelho explicou nova nova fase da tecnologia e abrangência muito além dos antigos assistentes virtuais; Modelos atuais unem “visão, linguagem e ação” – Imagem: Reprodução Flow / Youtube

Em entrevista exclusiva ao Executive Talks, do canal Flow Podcast no YouTube, Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, falou sobre a chegada da Inteligência Artificial (IA) generativa como o marco uma nova era — não só para as empresas – mas também para o cidadão comum. A fala de Coelho faz parte de uma entrevista de quase uma hora concedida pelo mais alto executivo da gigante de tecnologia no país, disponibilizada na íntegra por meio da plataforma de vídeos,

De acordo com o gestor, o grande impacto dessa tecnologia está justamente em sua capacidade de democratizar o acesso à inovação. Ele destacou que a IA deixou de ser um recurso restrito a grandes corporações e passou a ser uma ferramenta acessível e prática, que potencializa a criatividade e a eficiência de pequenos e médios empreendedores.

“A IA generativa traz a capacidade para a mão do cidadão. Deixamos de ser apenas consumidores de conteúdos. Agora, a produção de conteúdo fica muito mais fácil”, destacou a Igor Coelho, o Igor 3k, um dos fundadores do canal.

Segundo Coelho, o Brasil tem se destacado nesse cenário — não apenas como consumidor, mas como um dos países que mais rapidamente adota novas tecnologias e desenvolve soluções próprias.

A nova tríade da assistência

Ao comentar sobre os avanços dos modelos de IA, como o Gemini, Coelho explicou que estamos entrando em uma nova fase da tecnologia, com abrangência muito além dos antigos assistentes virtuais utilizados há pouco mais de 10 anos. Essa nova geração combina visão, linguagem e ação, o que cria uma interação mais natural e inteligente com os usuários.

“Quando você junta visão, linguagem e ação, essa interatividade abre caminho para um novo modelo de inteligência artificial. Quando você associa isso a elementos de robótica, começa a entrar em uma outra era de uso de um produto”, explicou.

A capacidade multimodal permite, por exemplo, que a IA analise imagens em tempo real e converse sobre elas, ampliando suas aplicações em diferentes setores — da educação à saúde, do comércio à indústria criativa.

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Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, explicou a revolução que modelos de Inteligência Artificial trazem às pessoas comuns – Imagem: Reprodução Flow / Youtube

O fator humano e a eficiência

Dentro das empresas, a IA vem se tornando uma aliada poderosa. Ela assume tarefas repetitivas, organiza fluxos e libera tempo para que as pessoas foquem no que realmente importa. Como exemplos destas aplicações, Coelho compartilhou alguns exemplos do próprio dia a dia.

“Hoje, se você entrar na nossa plataforma no workspace, e já tem tradução simultânea, resumos automáticos de reuniões, que economizam tempo e registram os principais pontos discutidos”, exemplificou.

Coelho relata a possibilidade de tradução instantânea, por exemplo, em apresentações de slides. Uma apresentação completa do português para o inglês pode acontecer em segundos. Outra possibilidade, é a gestão inteligente de agendas, resposta de mensagens e até atuação como um “call center” personalizado.

Em outro caso, a IA foi usada para analisar centenas de anúncios de uma mesma categoria, identificando quais destacavam de fato os atributos de marca.

“É o tipo de trabalho que antes levava dias, e hoje a inteligência artificial faz em minutos”, contou.

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“O tipo de trabalho que antes levava dias, hoje a inteligência artificial faz em minutos”, cita Coelho sobre modelos de IA – Imagem: Reprodução Flow / Youtube

Ecossistema e futuro no Brasil

Para o Google, o avanço da IA no país depende de um ecossistema sólido, e a empresa tem investido pesado nisso. Os aportes vão desde infraestrutura (como nuvem, cabos submarinos e data centers) até programas de capacitação para profissionais e parceiros.

A ideia é simples: tornar hospitais, escolas e pequenos negócios mais eficientes e competitivos. Um dos passos mais simbólicos dessa estratégia será a inauguração do novo Campus de Engenharia do Google em São Paulo, prevista para o próximo ano, que deve reunir cerca de 400 engenheiros brasileiros.

“O nosso modelo é claro: a gente só ganha se o mercado ganhar”, completou.

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