O presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Bauru, Roberto Franceschetti Filho, foi preso nesta quinta-feira (15), sendo o principal suspeito pelo sumiço de uma funcionária da organização, Claudia Regina da Rocha Lobo, de 55 anos.
Claudia, que trabalhava na APAE há duas décadas, foi vista pela última vez nas câmeras de segurança deixando a sede da entidade na tarde de terça-feira (6).
Desde então, seu paradeiro é desconhecido. Segundo o delegado Cledson Nascimento, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Bauru, a prisão temporária de Roberto foi decretada após a emissão de mandados de prisão e busca.

O veículo de Claudia foi encontrado abandonado com um estojo de munição dentro, e, na casa de Roberto, a polícia apreendeu uma arma compatível com o calibre do estojo. A suspeita é de que a vítima esteja morta, e a arma passará por perícia para confirmar a ligação entre o presidente da APAE e o possível crime.

Curiosamente, dias antes de sua prisão, Roberto assinou uma nota oficial lamentando o desaparecimento de Claudia, afirmando que a APAE estava colaborando com as investigações. Após a prisão, a organização divulgou outra nota expressando surpresa com o envolvimento de Roberto e assegurando que o fato não afeta os serviços prestados pela instituição.
Com a detenção do presidente, a vice-presidente Maria Amélia Moura Pini Ferro assumiu a liderança da APAE Bauru, que atua há quase 60 anos na defesa dos direitos das pessoas com deficiência. A investigação continua em segredo de Justiça, com a polícia empenhada em resolver o caso e localizar a vítima.