Amadas, eu vou falar devagar pra ninguém fingir que não entendeu. Todo mundo gritou “foi presa”, mas o povo esqueceu do principal, o motivo. A Roma Gaga foi parar na delegacia depois de uma treta em um hotel na região da Rua Augusta, no centro de São Paulo, que virou ocorrência de polícia e acabou em prisão em flagrante. 
Segundo as informações divulgadas a partir do registro e de nota atribuída à SSP de São Paulo, a confusão começou quando a influenciadora acusou o gerente do hotel de ter roubado o celular dela. A polícia foi acionada, foi até o local e a situação escalou. 
A partir daí, a ocorrência foi registrada com suspeitas de: desobediência, desacato, ameaça, embriaguez, invasão e ato obsceno 
E o encaminhamento foi para o 78º Distrito Policial, nos Jardins, com autuação em flagrante e ela ficando à disposição da Justiça. 
A defesa sustenta que a prisão não tem base para continuar e que vai esclarecer tudo na audiência de custódia. Em linhas gerais, a versão divulgada pelos representantes dela aponta que houve abuso na condução do caso e que a manutenção da prisão seria desnecessária. 
Também circula a narrativa de que a confusão teria começado por conta de um episódio envolvendo ofensas e discriminação dentro do hotel, e isso deve ser levado ao juiz no primeiro momento em que ela for apresentada ao Judiciário. 
Aqui é o roteiro real do “tira da cela”, sem romantização.
a) Audiência de custódia
É o passo-chave. Ela é apresentada a um juiz, que avalia se a prisão em flagrante continua, se vira medida alternativa, ou se ela responde em liberdade. A defesa já disse que pretende expor os fatos ali e pedir a revogação. 
b) Pedido de liberdade provisória, com ou sem medidas
Se o juiz entender que não há risco para ordem pública ou para o andamento do processo, pode liberar com condições, tipo comparecer em juízo, não voltar ao local, manter distância de envolvidos, essas coisas.
c) Habeas corpus, se a custódia não resolver
Se a decisão vier pesada, o caminho costuma ser entrar com habeas corpus. Pelo que foi divulgado, a defesa está em modo combate e já sinalizou medidas jurídicas para reverter o quadro. 
O que importa agora, no relógio do caso, o motivo da prisão, oficialmente, é o conjunto de acusações registradas na ocorrência após a confusão no hotel, o destino imediato é a audiência de custódia, onde o juiz decide se ela sai ou se a detenção continua. A defesa está vendendo a tese de “prisão sem necessidade” e deve tentar derrubar a detenção já nesse primeiro round.