Gente, e essas fofocas de feira são um luxo à parte. Estava eu, escolhendo meu alçafrão e a alface mais fresca, quando a vizinha soltou, entre um troco e outro, o choro do Rico inconformado por não ter conseguido uma foto com a rainha Pabllo Vittar. Rico Melquiades resolveu desabafar para o Brasil com uma mágoa digna de camarim vazio. O motivo. Pabllo Vittar não quis tirar foto. Sim, meninas, uma foto. Nada de contrato rompido, cachê atrasado ou microfone desligado. Foi só um não. E bastou.
Segundo o próprio relato, houve pedido, intermediário, produção avisada e expectativa criada. Faltou só combinar com a dona do palco. Pabllo disse não. E ponto final. O que deveria morrer ali virou birra pública, discurso ressentido e aquele velho roteiro do “eu não suporto mais”.
Vamos combinar uma coisa básica, com salto fino e dicção perfeita. Artista não é obrigação social. Selfie não é direito adquirido. E palco não é balcão de atendimento VIP para ego inflado.
Pabllo Vittar está em outro campeonato. Agenda lotada, show rodando, carreira internacional, público fiel e uma imagem construída com trabalho, risco e talento. Quem está nesse lugar escolhe quando, como e com quem aparece. Isso não é antipatia, é gestão de carreira.
Já Rico escolheu o caminho clássico de quem confunde acesso com intimidade. Recebeu um não e transformou em ataque. Porque para alguns, a recusa dói mais do que o silêncio. E dói tanto que precisa virar postagem.
O detalhe delicioso é o contraste. De um lado, uma artista que canta, entrega espetáculo e segue adiante. Do outro, alguém que para no tempo tentando validar relevância no espelho do outro. Veneno fino, meninas. Do tipo que não precisa gritar.
No fim das contas, a história não é sobre foto. É sobre limite. Pabllo colocou o dela. Rico não soube lidar. E quando o ego não entra no enquadramento, sempre sobra ressentimento fora da moldura.