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Kátia Flávia
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Movimento Legendários transforma pais sob o autocuidado como parte da paternidade

Mais de 122 mil homens em 20 países são inspirados a não esconderem emoções e que abrir o coração também é um ato de coragem

Kátia Flávia

13/08/2025 10h45

Movimento Legendários

O Brasil lidera o ranking de participantes com mais de 41 mil legendários. (Foto: divulgação)

Amores, estava almoçando com uma amiga em um restaurante badalado do Leblon. Eis que ela me conta que inscreveu o marido em um projeto que tira os homens da rotina e os leva para as montanhas. O movimento chamado Legendários propõe um detox de 4 dias na montanha, sem celular, para restaurar o papel do homem na família.

Em meio a pressões, telas, rotinas sobrecarregadas e décadas de paternidades ausentes, ser um pai presente exige muito mais do que apenas estar fisicamente próximo: exige equilíbrio, consciência e propósito. Foi justamente para restaurar o papel do homem na família e na sociedade que nasceu o Movimento Legendários, hoje presente em mais de 20 países e 175 cidades, com mais de 140 mil participantes.

Em um mundo hiperconectado e distraído, o Legendários provoca reflexões urgentes: como ser um pai presente em tempos de tela? Como equilibrar autoridade com afeto? Como curar feridas do passado para não transmiti-las aos filhos? Para milhares de homens, a resposta veio das montanhas e continua se espalhando pelo mundo com eventos previstos em dois novos continentes em 2025.

Um detalhe curioso: cerca de 30% das inscrições são feitas por esposas, que enxergam na experiência uma oportunidade de renovação para o pai, marido e homem que amam.

“O Legendários nasceu de uma dor. Vi muitos homens de Deus caírem em adultério, em pecado, e percebi que eu também poderia ser o próximo. Sentia que precisávamos criar algo que tocasse os homens de verdade, algo que eles não encontram facilmente no dia a dia”, conta o fundador Chepe Putzu e autor do livro A Rota do Caçador, que relata a origem e o propósito do projeto.

Fundado há 10 anos na Guatemala, o movimento propõe uma vivência radical e transformadora: durante quatro dias, homens deixam para trás a rotina e se retiram em uma montanha, com apenas uma mochila, barraca e saco de dormir. Longe da tecnologia e da zona de conforto, eles são levados a uma experiência intensa, física, emocional e espiritual. O objetivo? A reconexão da essência masculina com valores como fé, honra, responsabilidade e amor.

O Brasil lidera o ranking de participantes com mais de 41 mil legendários. A proposta é formar homens que lideram com amor, vivem com honra e atuam com unidade, principalmente dentro de casa. A jornada individual é o primeiro passo para quebrar ciclos, curar feridas e construir um novo legado para as próximas gerações.

“Pais emocionalmente disponíveis são aqueles que aprendem a cuidar de si para cuidar dos filhos. Que entendem que sua vida está ensinando todos os dias. Que ser presente não é só prover, mas acolher, ouvir e inspirar”, revela Chepe.

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