Marcelo Nascimento da Rocha, conhecido nacionalmente como Marcelo VIPs, morreu aos 49 anos em Curitiba, deixando para trás uma trajetória criminosa que chocou o Brasil por duas décadas.
Perua ou não, Kátia Flávia é clara: não há charme nenhum em golpe. Há dano, prejuízo e gente lesada.

Natural de Maringá, Marcelo se tornou um dos estelionatários mais notórios do país pela frieza e pela capacidade de assumir identidades falsas com enorme impacto social. Seu nome ganhou repercussão nacional em 2001, quando se passou por filho de empresário fundador da Gol em pleno Carnaval de Recife, enganando organizadores e profissionais de imprensa antes de ser desmascarado pela Polícia Federal.

Cumprindo pena no Rio anos depois, voltou às manchetes ao assumir identidades de líderes de facções criminosas durante uma rebelião em Bangu, mais um capítulo grave de uma vida marcada por fraudes e manipulações.
Sua história virou filme em 2011, estrelado por Wagner Moura, não como homenagem, mas como retrato de um criminoso cuja ousadia expunha falhas profundas em instituições brasileiras.

Nos últimos anos, pessoas próximas afirmam que Marcelo tentava reconstruir a vida fora do crime e buscava aproximação com o meio artístico, mas isso não apaga o histórico de golpes e prejuízos causados a inúmeras vítimas.
Sua morte por complicações de cirrose encerra uma trajetória que o Brasil acompanhou entre perplexidade e alerta: o estelionato destrói vidas, e Marcelo VIPs foi símbolo disso.