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Kátia Flávia
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Moda 2026 em colapso: McKinsey expõe pessimismo global e deixa o mercado sem base, sem brilho e sem rumo

Relatório mostra que quase metade dos líderes da moda acredita que 2026 será um ano pior, enquanto poucos ainda fingem otimismo em meio ao caos estratégico.

Kátia Flávia

03/12/2025 19h20

Relatório mostra que quase metade dos líderes da moda acredita que 2026 será um ano pior, enquanto poucos ainda fingem otimismo em meio ao caos estratégico.

A indústria da moda entrou oficialmente no modo “não temos condições psicológicas de lançar coleção”.
A McKinsey divulgou seu novo relatório e, segundo 46% dos líderes globais, 2026 vai ser difícil, cinzento e sem glamour.
Pronto. Está dito. O setor que vende fantasia está tomado pelo realismo triste.

E não é só isso.
A pesquisa aponta que o ceticismo cresceu 7%.
Ou seja: não é impressão.
O mercado está mais negativo que comentário de hater em foto de celebridade.

A culpa?
Tarifas dos Estados Unidos, fronteiras complicadas, atrasos, incertezas, disputas comerciais…
É a moda descobrindo que não existe filtro que esconda desorganização geopolítica.

Mônica Mota – Foto: Patrícia Vasconcelos

Enquanto isso, alguns setores tentam salvar o salto quebrado do ano:
vestuário, tecnologia e agências de modelos ainda apresentam resiliência, movimentando cifras bilionárias que, sinceramente, soam mais como sobrevivência do que como crescimento.

O mercado de modelos, por exemplo, faturou US$ 7 bilhões.
Bom número?
Sim.
Mas numa indústria onde todo mundo sorri enquanto o navio afunda, qualquer número bonito levanta desconfiança.

Mônica Mota – Foto: Patrícia Vasconcelos

E é aí que entra o Brasil.
O país aparece no relatório como uma região que tenta reorganizar rotas comerciais, e alguns players até conseguem furar a bolha internacional ,caso da empresária Mônica Mota, que levou talentos da Bahia para negociações na Europa e nos Estados Unidos.
Enquanto muita gente no setor está correndo em círculos, ela está correndo na frente.

Mas nem tudo são apostas de sucesso.
O próprio relatório deixa claro que o mercado de modelos é um dos mais desejados, porém um dos mais desafiadores, instáveis e cheios de barreiras ,principalmente para quem enfrenta preconceito racial, estrutural e regional.
A verdade?
A moda sempre adorou uma imagem perfeita, desde que não precise olhar muito de perto.

E 2026, segundo os executivos, não será o ano da indulgência.
Será o ano da cobrança, da reorganização, das decisões frias e dos tombos de quem insistir em ignorar que o mundo mudou.

Se tem luz no fim da passarela?
Até tem.
Mas, do jeito que o mercado anda, é bom confirmar se não é só o reflexo do flash.

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