Olha, segura essa porque o enredo é digno de novela da Record misturada com reality da Netflix: Pablo Marçal, o coach dos coaches, empresário, ex-candidato a prefeito e atual guru espiritual do caos, resolveu levar uma caravana de 220 brasileiros pro meio de uma região em guerra. Isso mesmo, migles: EGITO – JORDÂNIA – ISRAEL, com direito a travessia em pleno calor do conflito!
A excursão com vibes de “Êxodo 2025” começou dia 18 de junho e, segundo a assessoria do próprio Marçal (que tá mais afiada que a espada de Moisés), o grupo foi o primeiro do mundo a entrar em Israel de ônibus após o cessar-fogo.
“Sim, entramos em Israel, com autorização do governo local. Não estamos violando nenhuma regra. Enquanto muita gente está paralisada pelo medo, nosso grupo de 220 pessoas foi o primeiro do mundo a pisar aqui nesse momento”, declarou a equipe do influenciador para o portal LeoDias.
Mas segura que piora. A narrativa, que mistura espiritualidade, coragem e uma pitada generosa de megalomania, virou aula motivacional bíblica em tempo real.

“Fizemos o nosso próprio ‘Êxodo’: saímos do Egito, atravessamos o Mar Vermelho, passamos pela Jordânia e agora estamos em Israel. Estamos dentro do ‘acordo de paz dos 12 dias’ e não estamos aqui por turismo, mas por propósito. Não temos data para voltar ao Brasil. Sobre segurança, estamos debaixo de uma proteção que não se compra com colete à prova de bala. Quem anda em missão não negocia com medo. A guerra não nos assusta, nos posiciona. Quem vive pra agradar manchete nunca vai mudar a história”, cravou o coach em nota.
O quê??? Me belisca que eu tô sonhando. Missão? Êxodo? Zona de guerra? Criança no rolê?? Nem o Moisés teve tanta autoestima assim!
Pelo visto, pra Pablo, os conflitos não são alerta vermelho, são oportunidade de “despertar o propósito divino”. Enquanto o mundo assiste tenso aos desdobramentos da guerra, ele guia uma comitiva que mais parece a versão turbo de um retiro espiritual do apocalipse.
A pergunta que fica é: fé ou fogo no parquinho geopolítico?
Mas uma coisa é certa: a coragem é tanta que falta só um tripé pra virar documentário no streaming. A que ponto chegamos, Brasil!