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Kátia Flávia
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MDF tenta reduzir condenação milionária de Léo Lins na Justiça

Kátia Flávia

25/09/2025 9h30

Humorista tenta transformar piada em absolvição, mas Justiça lembra que stand-up não é salvo-conduto pra espalhar preconceito.

Humorista tenta transformar piada em absolvição, mas Justiça lembra que stand-up não é salvo-conduto pra espalhar preconceito.

Gatas, parece que o humorista Léo Lins, aquele que adora pagar de ousado com piadas “perturbadoras”, finalmente viu que nem todo riso rende aplausos. O bofe foi condenado em 2023 a 8 anos e 3 meses de prisão por espalhar preconceito em seu especial de stand-up, e olha, não sobrou minoria que ele não tentou gongar: negros, nordestinos, pessoas com deficiência, idosos, LGBTQIA+, judeus, evangélicos, indígenas e até pessoas vivendo com HIV. Um verdadeiro desfile de horrores, transmitido para mais de 3 milhões de views no YouTube, antes de a Justiça bater o martelo e mandar apagar a palhaçada.

E agora, o que temos? O Ministério Público Federal até reconheceu que o bofe pisou feio, mas entrou com um parecer pedindo a redução da pena. Calma, calma! Não é porque eles acharam graça, não, tá? É só que a juíza de primeira instância calculou os crimes como se fossem vários atos diferentes, e o MPF disse: “peraí, mana, foi um único vídeo, então o cálculo tem que ser mais light”.

Traduzindo pro português claro: A juíza entendeu como continuidade delitiva (vários crimes em sequência). O MPF preferiu o concurso formal (um único ato que feriu vários grupos). Ou seja, com essa regrinha, a pena de Léo pode ficar mais curta. Nada de absolvição, mas sim um descontinho básico na sentença.

E não para por aí! A multa aplicada inicialmente foi de R$ 1,4 milhão (praticamente o valor de uma cobertura em Moema). Só que o MPF agora sugere reduzir para algo em torno de R$ 53 mil, com base na renda declarada pelo moço, que gira entre R$ 10 mil e R$ 100 mil por mês. Menos glamourosa, mas ainda assim uma bolada que daria para muitas viagens pra Cancun, né, meu bem?

Vale lembrar que a própria sentença da juíza Barbara de Lima Iseppi foi dura: ela frisou que “liberdade de expressão não é salvo-conduto para espalhar ódio”. Um verdadeiro shade judicial digno de trending topic.

Agora, a novela continua: a Justiça Federal vai decidir se acata ou não esse pedido de redução. Enquanto isso, Léo Lins segue tentando transformar o palco da comédia em palanque de defesa, mas, pelo visto, a plateia da Justiça não tá rindo da piada.

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