Amadas, se vocês acham que os bastidores de Hollywood sempre foram glamourosos, preparem a aquecida no laquê: a história de Marlon Brando em Superman (1978) é um colar de pérolas de puro caos, desordem e bafão milionário.
A escalação do ator para viver Jor-El parecia, inicialmente, um golpe de mestre, afinal, o estúdio queria prestígio. Prestígio eles até tiveram, mas na modalidade “só que não”. Fontes, diretores e até quem servia café no set lembram: Brando trouxe para Krypton um comportamento digno de novela das nove, só que sem roteiro decorado… literalmente.
Durante uma visita do diretor Richard Donner à mansão do astro, no topo da Mulholland Drive, Brando apresentou uma ideia “artística”: E se Jor-El fosse… um bagel? Sim, você leu certo. Um bagel. Verde. Falante. Com a voz dele.

Brando jurou que ninguém sabia como os kryptonianos pareciam ‘, então por que não uma rosquinha cósmica? A lógica? “Talvez eles fossem bagels naquela época”, disse o ator, sério como quem pede um Oscar.
O produtor Ilya Salkind confirmou o delírio gastronômico-espacial. Ali já era possível sentir que a produção estava prestes a entrar no modo desespero acentuado.
O ator Cary Elwes, então um adolescente no set, confidenciou que sua função era… tirar Brando do trailer. Explicou tudo: Brando só aparecia se fosse alimentado. Brando só ficava simpático se estivesse comendo. Brando não tinha qualquer incentivo para ser pontual, porque a cada dia de atraso do filme, ele ganhava mais um milhão de dólares. Ou seja: caos lucrativo. Para ele.
Richard Donner confirmou: o astro simplesmente se recusava a decorar qualquer linha. Exigia que as falas fossem escritas no peito dos colegas. Alegava que a leitura “pela primeira vez ficava mais honesta”.
Honesta… e irritante. O protagonista, Christopher Reeve, não caiu na palhaçada.

Anos depois, no Late Night with David Letterman (1982), Reeve abriu a bolsa do shade e largou o veneno com a elegância de quem fala a verdade: “O homem não se importava. Ele só pegou o dinheiro e fugiu. Eu ainda me importo. Sou iniciante, e isso dói quando alguém faz tudo no automático.” Foi o tapa sem mão mais famoso da cultura pop.
Mesmo depois de embolsar 3,7 milhões de dólares por 12 dias de trabalho, mais 11,75% dos lucros, Brando ainda processou a Warner alegando que o estúdio reteve sua parte. Pediu até que o filme fosse impedido de ser relançado. Sim, ele queria bloquear o Superman. Sobrancelhas de Hollywood foram para o teto.
A participação de Marlon Brando em Superman é a prova viva de que nem todo astro brilha, alguns só fazem sombra, bagunça e deixam o caixa do estúdio tremendo. Mas que rendeu um dos maiores babados dos bastidores do cinema, ah, isso rendeu. E como toda boa fofoca milionária, continua sendo servida até hoje.