Meus fatmores, segura esse babado porque o que era ficção virou guerra fria dentro da Globo! A treta entre Taís Araújo e Manuela Dias saiu da telinha e foi parar no departamento mais temido do Projac: o compliance.
Tudo começou quando Taís, com aquele olhar de quem sabe o poder que tem, disse à Quem que estava frustrada com a trajetória da sua personagem em Vale Tudo. Segundo ela, Raquel era “mais uma mulher negra escrita pra sofrer demais”. Pronto. Bastou isso pra acender a luz vermelha da confusão.
A reação de Manuela: “Não me venha com desaforo de plateia”.
Nos corredores da emissora, o comentário caiu como um raio. Fontes próximas juram que Manuela Dias não engoliu o recado e viu na fala da atriz uma exposição pública da equipe, coisa que, no código de ética globalístico, é tipo palavrão em missa.
E o que ela fez? Nada de DR no WhatsApp, nada de café com empatia. Foi direto ao compliance! Formalizou denúncia, citou quebra de conduta e ainda pediu avaliação interna. Sim, amores: a autora acionou o jurídico como quem lança um plot twist em horário nobre.

A alta cúpula, claro, entrou em pânico. De um lado, Taís, símbolo de representatividade, voz potente, amada pelo público. Do outro, Manuela, autora premiada, mente criativa, dona de uma escrita que cutuca feridas sociais.
O caso virou pauta de reuniões fechadas. A Globo, que vive de discurso sobre diversidade, se viu obrigada a lidar com a própria incoerência: como defender liberdade criativa e, ao mesmo tempo, punir quem fala de opressão?
De um lado, Taís Araújo pede novas narrativas: quer ver mulheres negras vivendo amores, conquistas, risadas, não apenas lágrimas. Do outro, Manuela Dias defende a liberdade autoral: criar é também mostrar dor, contradição e conflito.
O resultado? Um choque de visões digno de Oscar com direito a silêncio absoluto desde então. Nenhuma das duas voltou a se falar. Nem bom dia, nem figurino, nem emoji de paz.

Entre uma gravação e outra, o caso virou lenda urbana dentro da Globo. Gente do elenco jura que “o código de conduta virou personagem principal”, sendo consultado mais do que o roteiro. E, convenhamos, é curioso ver a emissora que sempre se gabou de “dar voz” agora precisar medir cada palavra pra não virar meme corporativo.
A Globo tá testando seus próprios limites, éticos, criativos e até espirituais. Ninguém sabe quem sai por cima: Taís, com seu discurso que ecoa além da ficção? Ou Manuela, com sua coragem de dizer “a arte também sofre quando é policiada”?
Uma coisa é certa: o poder trocou de figurino. E enquanto Vale Tudo fecha com recordes de audiência e muito bafafá de bastidor, a novela mais interessante do ano continua sendo essa, sem trilha sonora, mas com muito ego e ironia.
Porque, no fim das contas, meus amores… na Globo, vale tudo, menos perder o protagonismo.