E aqui não tem lirismo vazio, não. Lucas chega com aquela vulnerabilidade que só quem já caiu, levantou e escreveu com as próprias cicatrizes consegue entregar.
Logo de cara, ele solta um verso que já vem como tapa carinhoso na cara: “Viver sem intensidade é como vir pra este mundo e não levar a sério…” É exatamente isso que o livro oferece: intensidade sem filtro.

Depois de dominar palcos, rádios e telas, Lucas entra num novo território e entra grande. Em Emoccionado, ele transforma silêncios, pausas, dores e descobertas em poesia. O cantor mergulha longe da imagem pública e mostra o homem por trás da luz: sensível, inquieto, observador e cheio de camadas.
Aqui, cada poema é quase uma fotografia emocional. Lucas confessa: “Escrevi este livro, mas, de certa forma, ele também me escreveu.” E essa frase traduz tudo.
Os versos são curtos, afiados e carregados de introspecção. Trazem temas universais: amor, medo, recomeço, cicatrizes abertas e fechadas, vulnerabilidade e, principalmente, a busca por sentido quando tudo parece fora do lugar.

O convite é direto: desacelerar, respirar e simplesmente sentir. Emoccionado sair do óbvio: QR codes espalhados pelo livro que levam o leitor direto a vídeos de Lucas declamando seus próprios poemas. Não é apenas leitura, é presença, voz, emoção ampliada.
Além disso, o livro deixa espaço para reflexões, anotações, insights e sentimentos de quem lê. É uma obra-em-ação: Lucas escreve, mas o público termina junto.

Um livro que conversa, acolhe e transforma. Com linguagem simples, profunda e honesta, Lucas reafirma que poesia pode ser tão poderosa quanto música. Emoccionado mostra o amadurecimento de alguém que transformou dores em arte e agora compartilha isso como quem abre a porta da própria casa.
No fim, o livro vira exatamente aquilo que ele promete ser: um abrigo para quem sente demais.