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Kátia Flávia
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Leo Salles faz história no MasterChef Confeitaria e serve vitória com recheio de emoção, ironia e cumaru!

O confeiteiro venceu Ramiro Bertassin com um menu que misturou poesia, trauma e muito açúcar, provando que confeitaria também é drama, performance e catarse

Kátia Flávia

12/11/2025 8h45

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Leo Salles celebra a vitória no MasterChef Confeitaria 2025. (Crédito: Melissa Haidar/Band)

Se o MasterChef Confeitaria fosse novela, Leo Salles seria o protagonista que sofre, chora, renasce e ainda sai aplaudido de pé, com glucose e cumaru. Na final desta terça-feira (11), o paulistano criado em Petrópolis mostrou que confeitaria não é só técnica: é terapia, catarse e espetáculo.

Com um menu de três atos (porque doce também é dramaturgia), Leo venceu o rival Ramiro Bertassin e levou pra casa o troféu, R$ 300 mil e o título de confeiteiro mais comentado do Brasil. Foram sete horas de pura tensão, açúcar e filosofia confeiteira:

  • Uma viennoiserie que fez Erick Jacquin suspirar;
  • Uma sobremesa com cúpula transparente, porque quem precisa de sigilo quando se tem confiança?
  • E um chocolate em movimento, metáfora perfeita pra quem aprendeu a derreter sem se desmanchar.
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Jurados experimentam a iguaria. (Crédito: Melissa Haidar/Band)

Inspirado no passado, presente e futuro, Leo serviu um cardápio que mais parecia um capítulo de “A Vida Como Ela É”:

  1. Arroz-doce com raspas de laranja, brioche ao rum e sorbet de especiarias — acompanhado de um convite comestível (sim, ele fez o papel da sobremesa e o do marketing).
  2. Tartar de vieiras com bolo de gergelim — porque quem disse que doce não pode flertar com o salgado?
  3. E um entremet de cumaru, cupuaçu e cacau, em formato de coração com um prego e uma roleta , uma ode à dor, ao amor e à teimosia de quem sente tudo e ainda oferece sobremesa.
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Luz acende no púlpito de Leo, que celebra a vitória! (Crédito: Melissa Haidar/Band)

A performance fez Antonio Bachour, convidado internacional, ficar em silêncio, e quando um pâtissier porto-riquenho cala, é porque a sobremesa falou mais alto que mil adjetivos. “Foi difícil entregar tudo aquilo, mas é a minha verdade nua e crua”, disse Leo, entre lágrimas, glacê e confete.

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O porto-riquenho Antonio Bachour, um dos maiores chefs confeiteiros do mundo e grande referência para os finalistas posa com os jurados.(Crédito: Melissa Haidar/Band)

Durante a temporada, ele colecionou sete vitórias, cinco pins e uma legião de fãs que já o tratam como o “Messi do merengue”. Autêntico, direto e com aquele toque agridoce de quem não tem medo do espelho, o confeiteiro de 30 anos resumiu sua jornada como “completamente inesperada”.

“Sou capaz de elaborar qualquer iguaria”, declarou, sem falsa modéstia e com a naturalidade de quem transforma dor em doce, amor em receita e crítica em trending topic.

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Com o prêmio, o confeiteiro embolsou R$ 50 mil e uma consultoria especializada do iFood para investir em seu negócio, e R$ 100 mil do ASAAS, que eleva a gestão financeira das empresas. (Crédito: Melissa Haidar/Band)

Além do título, Leo levou R$ 300 mil em prêmios (R$ 50 mil + consultoria do iFood + R$ 100 mil do ASAAS + o extra do MasterChef). Mas o que realmente ficou foi o sabor de uma trajetória inspiradora, daquelas que fazem o público levantar da cadeira gritando “meu Deus, eu quero um docinho desse homem!”

E se alguém duvida que confeitaria é arte, Leo Salles acaba de provar que, sim, a emoção também pode ser medida em gramas.

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