A Justiça do Rio Grande do Sul negou o pedido de liberação do influenciador Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, que permanece na Penitenciária Estadual de Canoas desde o dia 14, sob a acusação de estelionato qualificado.
Na decisão da última sexta-feira (26), divulgada nesta terça-feira (30) pelo Tribunal de Justiça do Estado, a juíza Patrícia Pereira Krebs Tonet, da 2ª Vara Criminal de Canoas, considerou que a defesa do influenciador não apresentou argumentos suficientes para anular os fundamentos da prisão.
Além do estelionato, Nego Di é investigado por lavagem de dinheiro, fraude tributária e outras infrações. Seu sócio, Anderson Boneti, foi preso no dia 22.
Nego Di foi detido na praia de Jurerê Internacional, em Santa Catarina. Segundo a Polícia Civil, ele vendia eletrodomésticos que nunca foram entregues através da loja Tadizuera, que operou entre março e julho de 2022, movimentando mais de R$ 5 milhões.
A polícia estima que 370 clientes foram lesados, totalizando um prejuízo de R$ 330 mil. A defesa de Nego Di afirmou estar tomando as medidas legais necessárias e pediu que se evitem pré-julgamentos.
O influenciador também é suspeito de lavar cerca de R$ 2 milhões por meio de rifas ilegais online. A operação do Ministério Público resultou na apreensão de documentos e uma arma de uso restrito. A esposa de Nego Di, Gabriela Sousa, foi presa, mas liberada após pagar fiança de R$ 14 mil.
A defesa de Nego Di afirmou ao Notícias da TV que ainda não teve acesso aos autos do inquérito e alertou sobre os danos que informações precipitadas podem causar à imagem dos investigados.