A canção Million Years Ago, lançada pela consagrada cantora britânica Adele em 2015 como parte do álbum 25, enfrenta sérias complicações jurídicas. A Justiça do Rio de Janeiro determinou a suspensão da reprodução e comercialização da faixa no Brasil e no exterior, sob pena de multa de R$ 50 mil, caso não haja consentimento do compositor brasileiro Toninho Geraes.

Segundo o Folha de S. Paulo, a decisão judicial aponta uma “quase integral consonância melódica” entre a música de Adele e o clássico Mulheres, imortalizado na voz do sambista Martinho da Vila. A polêmica levantou debates sobre direitos autorais e plágio no mercado musical internacional.
Plataformas de streaming, responsáveis por distribuir a faixa globalmente, deverão retirá-la de seus catálogos assim que forem oficialmente notificadas. Até o último domingo (15), no entanto, Million Years Ago ainda podia ser encontrada nos serviços de música.

A gravadora Sony Music, que representa Adele, optou por não se manifestar sobre o caso, aumentando o mistério em torno do processo. A decisão foi assinada pelo juiz Victor Augustin Cunha, do Tribunal de Justiça do Rio, e reforça a necessidade de proteger obras brasileiras em um cenário de exposição global.
Toninho Geraes, autor de Mulheres, já havia alegado similaridades com a melodia da faixa da cantora britânica, o que deu origem ao processo. Agora, o caso não apenas levanta a bandeira do reconhecimento autoral, mas também destaca a relevância da música brasileira no cenário mundial.