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Kátia Flávia
Kátia Flávia

João Gomes vira o nome do Natal e rouba a cena até de Roberto Carlos

Enquanto a Globo reprisa o Rei, é o cantor nordestino quem domina as buscas, as conversas e o coração do público.

Kátia Flávia

28/12/2025 11h37

Enquanto a Globo reprisa o Rei, é o cantor nordestino quem domina as buscas, as conversas e o coração do público.

Amadas, vamos combinar uma coisa? O especial é do Roberto Carlos, mas o assunto foi outro. Porque quando o Brasil acordou no dia seguinte, não estava comentando o terno do Rei, nem o repertório de sempre. Estava todo mundo falando de João Gomes. E isso diz muito.

Sim, João participou do especial. Subiu ao palco, cantou com Roberto, foi tratado com carinho, respeito e até reverência. Mas o que ninguém esperava é que ele saísse dali como o verdadeiro protagonista da noite. Aquela coisa meio involuntária, sabe? Quando a câmera até tenta acompanhar o roteiro, mas o público resolve puxar o foco pra outro lado.

E puxou.

O momento em que João canta, se emociona e diz que Roberto “mora no seu coração” virou combustível de internet. Quando o Rei responde que ele “mora no coração do povo brasileiro”, pronto. Estava criado o roteiro perfeito para o Brasil se derreter, compartilhar, comentar e especular.

Aí veio o tempero que a internet adora: o tal do “climão”.

Um corte estranho, uma saída de cena mais rápida, um silêncio interpretado fora de contexto e pronto. Bastou isso para surgirem teorias, vídeos em câmera lenta, threads, análises emocionais e aquele velho esporte nacional chamado “vamos ver se deu ruim”.

Não deu. Mas parecia que tinha dado. E isso foi suficiente.

João precisou vir a público explicar que não houve desconforto, que Roberto estava emocionado, que tudo correu bem. Mas, convenhamos, quando o artista precisa explicar, o estrago já virou engajamento.

E é aí que mora o ponto.

Enquanto a Globo celebrava a tradição, o público celebrava o presente. João Gomes virou o símbolo dessa virada de chave: jovem, nordestino, sem pose, sem personagem, sem aquela estética engessada que a TV insiste em repetir há décadas.

O menino que veio do piseiro, que canta com o pé no chão, que chora sem vergonha e que fala como o povo fala, acabou ocupando o espaço que ninguém estava disputando — o da identificação real.

O resultado?
Nome no topo das buscas.
Vídeos viralizando.
Fãs emocionados.
E um especial inteiro sendo comentado por causa dele.

Roberto continua sendo o Rei. Isso ninguém discute.
Mas naquela noite, quem roubou a cena foi o príncipe improvável do Brasil real.

E quando isso acontece, minha gente, não é moda.
É mudança de era.

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