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Kátia Flávia
Kátia Flávia

Idosa é agredida por PM na garagem de sua casa em São Paulo

O caso aconteceu em Barueri, na Grande São Paulo.

Kátia Flávia

05/12/2024 16h00

O caso aconteceu em Barueri, na Grande São Paulo.

Gente, o que está rolando com os PMs de São Paulo? Toda vez que algum amigo meu de lá comenta sobre o assunto, mais horrorizada eu fico.

A vítima da vez se chama Lenilda Messias Santos Lima, ela tem 63 anos e contou para a TV Globo sobre como ela sofreu uma agressão de um policial militar na garagem de sua casa em Barueri, na Grande São Paulo, depois de uma abordagem que envolvia seu filho e seu neto. Isso tudo aconteceu na noite de quarta-feira (4) e foi filmada por testemunhas. A idosa teve um sangramento na cabeça após levar golpes de cassetete.

“Que risco uma senhora vai oferecer para centenas de policiais? Tinha muitas viaturas, é como se a família fosse de bandidos, e não devemos [nada] para a Justiça”, afirma a mulher. “Sou uma senhora e jamais poderia ser agredida por um homem, principalmente de farda. Ele tinha que oferecer segurança para mim como senhora idosa e ser humano.”, contou.

Toda a confusão começou quando os PMs abordaram Matheus Higino Lima Silva e Juarez Higino Lima Junior na Rua Mar Negro, por volta das 21h30. Eles são neto e filho de Dona Lenilda. Eles estavam numa calçada com uma moto próximo à residência da família, como veículo estava com a documentação atrasada, os policiais decidiram apreender a motocicleta. Mas os dois resistiram à ação policial e correram para o interior da garagem. Segundo os PMs, eles teriam xingado os agentes de “seus lixos”.

Segundo relato de Dona Lenilda, assim que os reforços chegaram, os policiais invadiram a garagem sem a permissão da família e começaram a agredi-los.

“Quando eu desci e vi aquela cena, [foi] muito triste. Falei: ‘o que está acontecendo? Por favor, me expliquem o que está acontecendo’. E ninguém me respondia nada. [Tinha] um tumulto de policiais, porque eles invadiram a minha garagem. Estava todo mundo dentro, os carros dentro, e eles agredindo meu filho e meu neto. Fiquei desesperada. Falei: ‘moço, pelo amor de Deus, o que está acontecendo? me explica’. Eles não me respondiam nada, e aí ele tacou o cassetete na minha cabeça. Depois que bateu, eu fiquei atordoada. Estou com hematoma, fiz o exame e vou ter que seguir tratamento”.

Lenilda contou que foi encaminhada para o Pronto Socorro Central de Barueri algemada na viatura da PM. “Fui atendida algemada, como se devesse para a Justiça. Nunca devi para a Justiça, sempre trabalhei honestamente e trabalho até hoje.”

Os PMs que participaram da ação alegaram na delegacia que foram obrigados a fazer uso moderado da força para preservar a integridade da equipe.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo declarou que a PM não compactua com desvios de conduta e que qualquer ocorrência envolvendo excessos será investigada.

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