Preparem o leque, minhas preciosidades, porque o plim-plim resolveu mexer no esqueleto da própria história. A Globo simplesmente tirou Pedro Bial da faixa diária, decretando o fim de um reinado noturno que começou lá atrás, quando a internet ainda fazia barulho de discado. E agora? Agora, amor, a emissora fica sem talk show diário pela primeira vez em um quarto de século. É como se tivessem desligado a luz de um corredor inteiro sem avisar a ninguém.
O Conversa com Bial será empurrado para o regime semanal a partir de 2026, exibido só às quintas, depois da novela das nove, naquela faixa onde antes moravam as experiências, as tentativas, os sonhos e, claro, as gambiarras de última hora. A justificativa oficial? Reestruturação. A justificativa real? Euzinha levantei a sobrancelha e comento: audiência, timing e prioridades da casa mudaram, bebê.

Nos bastidores, pelo que eu li na coluna do Gabriel Vaquer, o burburinho é ainda mais saboroso. Fala-se que Bial não gostava nada daquele horário ingrato, que rolou estresse em estreia com entrevista indo ao ar às três da manhã e que o homem não queria mais ser jogado para o fundo do poço da grade. Pois agora ganhou o upgrade que pediu. Mas, veja bem, upgrade para alguns, downgrade para outros.
Quem diria que o talk show, aquele símbolo da conversa elegante e da madrugada esperta, ficaria reduzido a uma peça de museu televisivo?
E tem mais: parte da equipe do Bial foi parar no novo programa da Eliana, que assume as tardes de domingo da Globo em março. Trocas, remanejamentos, novas rotas. A dança das cadeiras virou balé russo e o clima está mais quente que foyer de estreia.

Com a saída de Bial da maratona diária, o recado é claro e direto como eu gosto:
a Globo está redesenhando sua noite, seu futuro e sua paciência com formatos cansados.
E Pedro Bial? Ah, meu amor… ele volta remodelado em abril. Mas até lá, que a força do café e da ironia estejam com todos nós.