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Kátia Flávia
Kátia Flávia

Globo dá resposta pé na porta ao Bap e chama ataque de misógino

A emissora não passa pano, enquadra a grosseria e banca a jornalista com nota dura.
Quando o dirigente grita, a Globo escreve e o barulho muda de lado.

Kátia Flávia

24/12/2025 13h51

A emissora não passa pano, enquadra a grosseria e banca a jornalista com nota dura. Quando o dirigente grita, a Globo escreve e o barulho muda de lado.

Agora senta que a sala ficou elegante. A Dona Globo resolveu tirar o salto do descanso, cruzar a perna e falar grosso com Luiz Eduardo Baptista, o Bap. Nada de meias palavras. Nota oficial, tinta firme e recado claro. Ataque gratuito e misógino. Assim, sem maquiagem.

O alvo da grosseria foi Renata Mendonça, profissional que conhece o futebol feminino de perto, com dados, imagens e memória longa. O pecado dela foi perguntar o óbvio. Por que a estrutura do feminino fica sempre no puxadinho enquanto o discurso vende grandeza? Em resposta, veio ironia, veio dedo em riste e veio aquela frase infeliz que não se sustenta nem em conversa de elevador.

A Globo, diferente do dirigente nervoso, não levantou a voz. Escreveu. E quando escreve, deixa registrado. Reafirmou respeito às mulheres, ao jornalismo crítico e às opiniões que questionam gestão sem ofender ninguém. Traduzindo para o português do sofá. Perguntar não é atacar. Ofender é.

Bap tentou desviar o foco. Falou de dinheiro, direitos de transmissão, contratos, cifras. Debate legítimo, sim. Desculpa para ofensa, não. A nota foi direta ao ponto e desmontou o teatrinho. Aqui não tem grito que resolva falta de resposta.

O episódio sai da coletivinha e entra no campo institucional. Não é mais bravata. É postura. E postura cobra resposta. A Globo respondeu.

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