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Kátia Flávia
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Gêmeas dançarinas revelam comentários gordofóbicos na adolescência: “Vão rolar”

Influenciadoras Marina e Mirella produzem conteúdo de dança e empoderamento feminino nas redes sociais

Kátia Flávia

30/09/2025 17h15

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Influenciadoras Marina e Mirella contam como superaram a gordofobia na dança. (Foto: divulgação)

As irmãs gêmeas influenciadoras Marina e Mirella têm feito sucesso nas redes sociais exibindo suas danças. Com corpos fora do padrão, as dançarinas desde crianças nutrem uma paixão por esta arte e hoje a expõem com o objetivo de empoderar os mais de 500 mil seguidores nas redes. Na luta contra a gordofobia, elas contam que sofreram comentários preconceituosos durante a adolescência.

“Na época que íamos a micaretas e carnavais fora de época da nossa adolescência, escutávamos coisas do tipo: ‘vão rolar, olhas as gordinhas se achando, vão se machucar, quando a gente começava a dançar’, pois aquele era o ambiente aonde a gente se acabava de dançar”, conta Marina.

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Marina e Mirella usam a dança para lutar contra a gordofobia e inspirar mais de 500 mil pessoas. (Foto: divulgação)

Apesar da chateação inicial, Mirella afirma que as duas continuavam dançando pois a dança sempre foi a paixão delas e também porque nunca acharam que valia a pena responder com mais comentários de ódio. Ela conta que os comentários maldosos serviram para as irmãs serem quem são atualmente, mas que também atrasou o começo da criação de conteúdo delas para a internet.

“Não necessariamente motivou o empoderamento, eu acho que palavras gentis e exemplos positivos empoderam muito mais, porém, com certeza nos molda de alguma forma, porque você tem que aprender a lidar com isso. Na verdade, isso atrasou nossa entrada na internet, porque a gente não queria se expor e escutar esse tipo de piada em grande escala. Só entramos na internet quando estávamos com uma mente preparada para lidar com qualquer resultado que pudesse vir”, revela Mirella.

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Ataques gordofóbicos atrasaram a entrada das gêmeas dançarinas na internet.(Foto: divulgação)

O tamanho da gratidão das duas pela dança se dá também por conta desses episódios. De acordo com Marina, essa arte mostra que o corpo pode muito mais do que você mesmo imagina: “É comum muitos magros não conseguirem acompanhar nosso pique dançando. Isso acaba sendo um grande incentivo pra pessoas ‘fora do padrão’”.

Por fim, as gêmeas dão um recado para quem ainda carrega esse tipo de preconceito nos dias atuais: “Olhem para as pessoas com olhos mais gentis, o corpo muda o tempo todo, além de ser fútil julgar alguém pela aparência, você nunca sabe o que pode acontecer com seu próprio corpo em um piscar de olhos, a vida é imprevisível”, finaliza Mirella.

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