Amigas, estava aqui bem bela e plena tomando um açai delicioso na orla de Ipanema, quando ouço algumas pessoas comentando sobre a mulher que matou o namorado com uma bebida envenenada.
Uma funcionária da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) identificada como Iris Maria Soares foi presa nesta sexta-feira (2) sob suspeita de matar o namorado ao misturar “chumbinho” em uma vitamina de banana. Ela estava no local de trabalho, em Irajá, bairro da zona norte do Rio, quando foi detida por agentes da Polícia Civil. O crime contra Rogério Maurício Moreira da Gama aconteceu no dia 15 de fevereiro deste ano.
Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Iris fez algumas pesquisas na internet sobre o uso do veneno na véspera do crime. Além disso, o relacionamento do casal, que trabalhavam na mesma empresa, tinha um histórico bastante conturbado.
De acordo com o laudo de necropsia anexado ao processo, a causa da morte de Rogério foi intoxicação por terbufós-sulfóxido, substância tóxica derivada de um inseticida e nematicida com comercialização proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O Ministério Público do Rio alega ter provas suficientes contra a acusada e reforçou que ela ofereceu a bebida envenenada à vítima. Iris teria preparado a vitamina de banana para a vítima tomar no café da manhã. Teria insistido várias vezes para o homem consumir, orientado que agitasse e garantiu que a bebida fosse entregue à vítima, através de uma pessoa responsável por organizar as refeições dos funcionários no local de trabalho.
Em entrevista ao RJTV 1ª edição, o delegado Marcus Drucker, responsável pela investigação, disse que algumas testemunhas relataram que Iris deixou a vitamina em um período em que o casal estava brigado.
Uma hora após Rogério ter ingerido a bebida, ele começou a passou mal e foi levado até a Unidade de Pronto Atendimento (Upa) de Irajá. No dia seguinte, ele morreu e surgiu a suspeita do envenenamento ainda na unidade de saúde, o que foi confirmado pelo laudo do Instituto Médico Legal (IML).
Segundo a decisão judicial, Iris foi denunciada pelo crime de homicídio qualificado — cometido por motivo fútil, meio cruel e recuso que dificultou a defesa da vítima. O magistrado responsável pelo caso enfatizou que a acusada teria agido de forma premeditada e covarde.
A Justiça do Rio de Janeiro acatou a denúncia do Ministério Público e decretou a prisão preventiva de Iris, na justificativa de que a ação se faz necessária porque a denunciada pode atrapalhar as investigações, uma vez que testemunhas importantes são colegas de trabalho ou parentes da vítima.
Em um comunicado oficial, a Comlurb informou que caso seja comprovado o envolvimento da funcionária no crime, tomará as medidas cabíveis.