Sim, amores: a piauiense entrou na passarela usando nada menos que uma homenagem direta à Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Não era fantasia, não era carnaval, não era “conceito estilizado”. Era o manto. A devoção. O símbolo máximo da fé brasileira reinterpretado em couture.
E antes que alguém venha dizer que isso é “novidade”: não é. O desfile já aconteceu. A roupa já viralizou. As páginas já noticiaram. Mas ninguém disse o que realmente importa: Quem é essa mulher? Por que ela escolheu a padroeira? E que tipo de coragem fashion-religiosa é essa?

Gabriela Lacerda, nascida em Teresina, é daquelas misses que não entram só por beleza entram com narrativa, com missão, com ideia. A mulher sabe onde pisa, sabe o que representa e sabe exatamente como transformar traje típico em mensagem diplomática.
E a mensagem é cristalina como milagre: “O Brasil é de Nossa Senhora.” No palco internacional, isso é tão simbólico quanto poderoso.
O traje, assinado com detalhes preciosistas, veio carregado de azul-profundo, ouro, bordados sacros, manto icônico e uma presença que misturava reverência e firmeza. Era moda, mas era muito mais: era identidade. Era fé. Era Brasil em cada centímetro.

Agora, vamos falar de ousadia: desfilar com referência direta a uma figura sagrada num palco global é para poucas. É preciso ter peito, alma e entendimento do impacto. E Gabriela teve, e com elegância. Porque, veja bem, ela não “usou” Nossa Senhora. Ela representou. E representou bem.
Por isso virou comentário mundial, não pela surpresa, mas pela dimensão. Enquanto muitas usam penas, frutas, animais, Gabriela trouxe a padroeira. E isso diz mais sobre ela do que qualquer faixa de miss:
diz que é corajosa, inteligente, culturalmente consciente e marcada por uma fé que se transforma em imagem poderosa.

No fim, Gabriela não apenas desfilou. Ela deu recado. Abriu discussão. E colocou o Brasil no centro de um debate que ultrapassa a beleza: espiritualidade, identidade nacional e expressão artística.
E, sim, meus amores: virou o grande destaque do Miss Universo. Porque miss que homenageia fé vira manchete, mas miss que homenageia desse jeito vira HISTÓRIA.