Meus amores, estava aqui em casa organizando alguns discos meus dos anos 80 e me deparo com alguns do Cazuza e do Barão Vermelho escondidos num báu antigo. Então, decido ir para o escritório fazer uma breve pautas sobre fatos e mitos deste roqueiro que parece que tem dormido no formol, já que ele envelheceu apenas 20 segundos nos últimos anos.
Frejat atravessou os anos 80 de calça justa, ombreira e guitarra na mão. Foi o braço direito (e muitas vezes, o freio de mão) de Cazuza, o cara que segurou o Barão Vermelho nas épocas boas e nas ruins — e, de quebra, ainda virou um dos poucos roqueiros que o tempo não cancelou.
Por trás das inúmeras canções românticas e da pose serena,sempre rolaram histórias, fofocas e lendas que povoam o imaginário de qualquer fã com o coração batendo no ritmo de “Pro Dia Nascer Feliz”.
E como aqui ninguém gosta de papo mal contado, separei para vocês o que é verdade e o que é delírio coletivo sobre a vida artística do senhor Frejat
Frejat e Cazuza foram mais que amigos?
Amor demais pra caber num palco, sim. Mas eles jamais viveram um romance. Eles eram a versão carioca de Lennon e McCartney: talento, sintonia e zero beijo na boca. A mãe de Cazuza, Lucinha Araújo chegou a brincar sobre o assunto algumas vezes, mas Frejat sempre deixou claro — era amizade, parceria e arte.
Veredito: amizade intensa, sem beijo técnico.

Frejat já bateu a porta na cara do Cazuza?
Sim, meus amores, mas calma: não foi de propósito. Cazuza, atrasado e temperamental como sempre, se trancou no camarim. Então, Frejat decidiu tomar a frente e resolver o caos — e pá! — porta no supercílio. O sangue rolou, mas a amizade entre eles sobreviveu.
Veredito: cena de novela das oito, sem vilão, sem mocinho.

Frejat já foi preso por causa de maconha?
Verdade verdadeira.Em plena turnê, a polícia entrou no hotel, achou maconha, e todo os integrantes do Barão foram levados pra delegacia. Eles pagaram fiança e seguiram o baile — afinal, rock sem escândalo é MPB de missa.

Veredito: um susto policial e uma história boa pra contar.
Ele roubou músicas de Cazuza?
Uma mentira das boas que rende uma longa discussão numa mesa de boteco. Na época da separação do Barão, rolou de tudo: ciúme, egos e ressentimento, mas nada de roubo/fruto. As músicas foram registradas, divididas e choradas.
Veredito: briga de créditos, não de crime.

Frejat não gosta da banda Queen?
Pois é, galera. Frejat deve ser o único roqueiro que não curte a banda britânica. Enquanto o mundo inteiro se ajoelhava para o Freddie Mercury, ele idolatrava o swing de Gil e o blues americano. Nada contra o Queen — ele apenas tem gosto próprio e personalidade de sobra.
Veredito: o roqueiro que prefere o groove à coroa.

Em resumo, podemos dizer que o Frejat é aquele tipo de artista que não precisa de polêmica pra se manter lendário. Ele conseguiu sobreviver ao tempo, às fofocas e às portas que a vida bateu (literalmente).
Mas ele seguiu firme, elegante e afinado porque algumas verdades não precisam de legenda.