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Kátia Flávia
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Fiocruz forma nova geração de mulheres na tecnologia: 59 meninas brilham com bolsas e projetos inovadores no HackGirls

Jovens de escolas públicas transformam desafios reais em ideias de futuro e mostram que elegância também é sobre saber programar

Kátia Flávia

22/10/2025 8h15

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Meninas no HackGirls 2025. (Foto: divulgação)

No palco onde a ciência encontra o estilo, 59 meninas de escolas públicas do Rio de Janeiro trocaram o salto alto por notebooks e mergulharam de cabeça em três dias de pura imersão tecnológica. É o HackGirls, projeto da Fiocruz que uniu inteligência, empoderamento e muito charme em uma maratona de inovação e propósito.

As jovens cis, trans e não binárias vieram de territórios urbanos vulneráveis, mas desfilaram talento, criatividade e coragem dignos de Silicon Valley. O desafio? Criar protótipos tecnológicos para resolver problemas reais que as próprias meninas enfrentam: falta de ensino de qualidade, saúde mental e adultização precoce. E o resultado? Um show de ideias.

As campeãs da equipe Matinta, de Nilópolis, apresentaram o aplicativo Saberes Encantados: um banco de questões gamificadas em português e matemática, com teste vocacional e acompanhamento psicológico feito por estudantes de Psicologia. Em segundo lugar, as Mary Jackson, de Madureira, trouxeram o Entre Laços, com videoaulas e acolhimento emocional para normalistas. E as Science Gurlz, também de Nilópolis, criaram o e-Juma, um app que equilibra estudos e bem-estar, com o slogan que é puro mantra: play na calma, pausa na ansiedade.

As meninas não só aprenderam sobre programação, Design Thinking e pitch de startups, como também saíram com bolsas mensais de R$ 400 por seis meses, um empurrãozinho para quem já carrega o brilho da mudança no olhar.

Durante o evento, teve de tudo: mentoria com cientistas da Fiocruz, pocket show da MC Soffia, oficinas de criatividade e até momentos de autoconfiança com cara de desfile de ideias. Um espetáculo de diversidade e potência feminina.

“É preciso mostrar que elas são capazes de transformar a própria história e o futuro das suas comunidades”, afirmou Klena Sarges, pesquisadora titular da Fiocruz e coordenadora do projeto.

O HackGirls 2025 tem gestão cultural da SOCULTFio e apoio da Dataprev, Faperj, Seeduc, Meninas Digitais (SBC), além do patrocínio da Prefeitura do Rio, Deloitte, Accenture e Globo. Tudo isso sob o brilho da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, a Lei do ISS.

No final, o que ficou foi a sensação de que o futuro tem rosto, nome e batom: elas. As meninas que hackearam o sistema, e descobriram que tecnologia também pode ser sinônimo de poder, elegância e transformação.

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