Fernanda Montenegro, um dos maiores nomes da atuação brasileira, fez uma reflexão impactante sobre sua carreira no programa “Tributo”, lançado no Globoplay na última quarta-feira (16), em comemoração aos seu aniversário de 95 anos.
Durante a conversa, a atriz recordou os desafios que enfrentou ao ingressar na emissora na década de 1970, revelando que os salários eram “infames”, o que a levou a se afastar da televisão.

Optando por se dedicar ao teatro, Fernanda recusou diversas propostas da Globo. “Não podemos pôr nossa vida na televisão. Temos que comandar nossa vida mesmo que seja modestamente, e é o teatro”, declarou, enfatizando sua escolha de permanecer no palco ao lado de seu marido, Fernando Torres.
A consagração na televisão chegou em 1981, quando foi convidada pelo renomado autor Manoel Carlos para atuar em “Baila Comigo”. Inicialmente, ela seria uma das icônicas Helenas, mas seu papel foi alterado para um coadjuvante, o que não prejudicou sua remuneração. Fernanda destacou que o desejo de um autor ou diretor é crucial para garantir um bom salário. “Se o autor ou o diretor quiser muito você, então você pode se propor na casa”, afirmou.

Mesmo com as mudanças em seu papel, a atriz demonstrou dedicação: “Fiz um papel bom, mas um papel coadjuvante”. Sua humildade e comprometimento foram evidentes, mostrando que a amizade e o respeito são fundamentais, mesmo com escolhas criativas.
Após “Baila Comigo”, Fernanda se tornou uma das atrizes mais requisitadas da Globo, consolidando uma carreira de sucesso com atuações memoráveis em “Guerra dos Sexos”, “Belíssima” e “O Outro Lado do Paraíso”, solidificando seu status como um ícone da arte no Brasil.