A demissão de Fernando Oliveira, o Fefito, do TV Fama pegou muita gente de surpresa — menos ele. Em uma live com Catia Fonseca, o jornalista contou que sua saída da RedeTV!, anunciada na última terça (8), teria sido motivada por cortes internos para equilibrar o caixa, após novos investimentos da emissora, como a compra dos direitos da Série B do Brasileirão e a contratação de um novo elenco para um programa esportivo.
“Acho que cortes foram feitos para fazer esse ajuste. Estou falando de achismo, não recebi nada de justificativa”, disse Fefito. Segundo ele, até o último momento foi elogiado internamente e nunca recebeu advertência da emissora.
Mas o que realmente movimentou os bastidores foi a revelação de um desentendimento com o veterano Nelson Rubens, seu colega de bancada. Sem rodeios, Fefito afirmou que defendeu colegas de equipe em situações de abuso verbal e comportamento hostil por parte de Rubens. “Não adianta falar palavrão e berrar com os outros. Testemunhas não faltam.”
“Eu não saí do interior de Pernambuco para ver gente sendo maltratada”, disparou o jornalista, citando inclusive casos em que viu figurinistas, camareiras e operadores de áudio sendo desrespeitados. “Chega um momento em que eu não consigo ficar calado.”
Embora diga que não foi uma das sete pessoas que denunciaram Nelson Rubens ao RH da emissora, Fefito admite que já passou por diversas situações desconfortáveis com o apresentador. “Cansei de tentar apagar incêndios com coisas inadequadas que ele postou em rede social… Vi coisas muito desagradáveis com pessoas que não tinham o mesmo nível de poder dele.”
Apesar das críticas, ele reconhece a importância histórica de Nelson Rubens: “Ele é uma lenda, é o TV Fama! Mas, exatamente por isso, tem que zelar pelo programa e pela equipe.”
Sem espaço para meias-palavras, Fefito deixa claro que seu compromisso está com a ética e o respeito no ambiente profissional. “Não sou pessoa de barraco, mas também não vou ficar mentindo nem passando pano.”
A saída de Fefito escancara uma crise que vai além de planilhas e cortes de verba: fala sobre respeito, convivência e o papel de figuras públicas que, mesmo veteranas, precisam se adaptar ao tempo presente — e tratá-lo com humanidade.