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Kátia Flávia
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Família de do Silvio Santos seguirá tradição judaica após o sétimo dia de luto do apresentador

O comunicador e dono do SBT morreu no último sábado (17) e foi sepultado no dia seguinte, conforme o judaísmo.

Kátia Flávia

23/08/2024 15h45

O comunicador e dono do SBT morreu no último sábado (17) e foi sepultado no dia seguinte, conforme o judaísmo.

Amigas, estou falando com alguns amigos meus que são judeus, para entender melhor sobre o processo de luto no judaísmo. Parece que os primeiros sete dias depois do enterro de uma pessoa na tradição judaica correspondem para os mais próximos à chamada shivá.

Mesmo sendo evangélica, a família do apresentador Silvio Santos, que faleceu no último sábado (17), está passando por esse processo de luto. O dono do SBT pediu à esposa, Íris Abravanel e suas filhas seguissem as recomendações do judaísmo, religião a que pertencia, quando ele morresse.

De acordo com as leis do luto judaico, reunidas pela associação Chevra Kadisha de São Paulo, determinam uma série de normas para este período inicial onde os enlutados estão proibidos:

calçar sapatos de couro; cortar cabelos; aparar as unhas; trabalhar; tomar banho por prazer (”por motivos de higiene é permitido, mas só com água fria”, diz o texto);passar cremes no corpo; ter relações conjugais; lavar ou passar roupas nem usar roupa nova ou recém-lavada e passada; cumprimentar usando a expressão “shalom” (comum entre os seguidores para saudações); enviar presentes;participar de festas nem ouvir música ou assistir televisão.

Assim que termina o período do shivá, com orações e outros procedimentos, é comum para algumas pessoas calçarem de volta os seus sapatos comuns e trocarem de roupa. Algumas pessoas saem de casa para um passeio pela rua, “com a finalidade de ‘acompanhar a alma’ que agora deixa a casa na qual realizou-se a Shivá”. Já outras pessoas preferem fazer um ritual de reza pela alma do morto durante uma visita ao túmulo (exceto se for um sábado).

Segundo O GLOBO, nos últimos dias, a administração do Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo, onde Silvio Santos foi enterrado teve que ser reforçado por causa da alta procura por visitações. A instituição estava exigindo comprovação de que a pessoa realmente pertence à religião para poder visitar o cemitério.

“A pessoa que, por qualquer motivo (exceto doença) não cumpriu nenhuma das observâncias da Shivá durante os sete primeiros dias, deverá compensá-Ia por 7 dias dentro dos primeiros trinta dias”, diz o texto das leis do luto judaico.

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