Amores, o escritório está uma verdadeira correria após os acontecimentos desta sexta. Então decidi ir à copa para preparar meu cappuccino de leite vegetal e tentar relaxar um pouco, eis que minha colega de trabalho se aproxima e me conta detalhes curiosos sobre a trajetória do saudoso Arlindo Cruz.
Acontece que a biografia recém-lançada, escrita pelo jornalista Marcos Salles, sobre o sambista Arlindo Cruz (1958-2025), que nos deixou na tarde desta sexta-feira (8), revela detalhes exclusivos sobre sua paixão pela música, a trajetória marcada pela fama, o enfrentamento do vício em drogas e sua superação anos antes do AVC que o afastou dos palcos.

Com sensibilidade, Salles narra como Arlindo dedicou sua vida à música desde a infância, precisamente, a partir dos 6 anos de idade, quando foi contratado para tocar cavaquinho em uma banda local.
Mas como em toda carreira artística, a fama astronômica, que conquistou ao integrar o consagrado Fundo de Quintal, nos anos 80, cobrou o seu preço, fato que o apresentou às drogas, especificamente à cocaína, que o tornou refém por décadas.
“Ele tentou parar algumas vezes. Se internou, tentou parar. Ele reconhecia isso, mas também entendia que era difícil”, diz um trecho do livro escrito por Salles.

Após uma longa batalha, ele conseguiu vencer o vício alguns meses antes de sofrer o AVC hemorrágico, em 2017, que o afastou dos holofotes e o deixou acamado desde então.
E com as sequelas do AVC, Arlindo ficou impossibilitado de retornar a fazer o que mais amava: cantar e se divertir sob os palcos.

Ai, amores… a ficha ainda não caiu. Que tristeza! Estou emanando energias positivas para os familiares, amigos e fãs do sambista que deixará saudades.