O governo dos Estados Unidos retirou o ministro Alexandre de Moraes e a esposa, Viviane, da lista de sancionados pela Lei Magnitsky, segundo veículos brasileiros nesta sexta, 12. 
O ponto mais saboroso, para quem gosta de bastidor, é que o comunicado citado por esses relatos não detalha o motivo da retirada. 
Quando alguém cai na Magnitsky, o pacote costuma ser pesado, bloqueio de bens e interesses em bens sob jurisdição dos EUA e proibição de americanos fazerem negócios com o sancionado. 
No caso Moraes, o Tesouro dos EUA anunciou a sanção em 30 de julho de 2025, amarrando a medida à ordem executiva ligada ao regime Global Magnitsky. 
E teve mais novela depois. Em setembro de 2025, os EUA também sancionaram a esposa de Moraes e atingiram uma entidade ligada ao ministro, ampliando a crise diplomática. 
A sanção de julho foi tratada, lá fora, como parte de um embate político e institucional que citava o processo envolvendo Jair Bolsonaro, segundo cobertura internacional. 
E aí vem o tempero. Reportagens apontaram que Eduardo Bolsonaro atuou nos EUA em busca de apoio e pressão externa no contexto desse conflito. 
Agora corta para o presente. Se Washington tira Moraes da lista, sem explicar, a turma que vivia de “olha o gringo castigando o STF” perde o post pronto, perde o vídeo com musiquinha épica, perde a narrativa de “virada histórica”. E vai ter que arrumar outro assunto, porque esse aqui acabou de azedar.
A família Bolsonaro adora um juiz estrangeiro apitando o jogo do Brasil. Só que juiz não é influencer, e sanção não é story. Hoje, o placar mudou do nada e, olha, que coisa, o silêncio veio junto. A pergunta que fica é simples e maldosa, do jeito que Brasília gosta: quem apostou todas as fichas no teatro internacional vai vender o quê amanhã de manhã?