Simone Mendes não deu entrevista deu aula de sinceridade, serviu entretenimento de primeira e mostrou que, às vezes, a maior revolução acontece quando uma mulher olha para a câmera e declara, com toda naturalidade do mundo: “Eu odeio calcinha.”
E se alguém achou que ela ia parar por aí, pobre ilusão. A sertaneja, sempre afiada, sempre espontânea, soltou as asas e explicou que a peça íntima é “sem futuro”, “incomoda demais” e, pra completar, ainda “abafa as coisinhas”. O estúdio virou puro gargalho, o sofá virou palco e Simone transformou um simples desabafo num dos momentos mais comentados do Angélica Ao Vivo.
Enquanto Angélica tentava manter a compostura e Ana Maria já ria como quem se reconhece na dor feminina universal, Simone continuava firme na missão de derrubar o tabu da calcinha com a elegância de quem já fez isso mil vezes na própria cabeça.
Entre uma frase e outra, ainda contou que, quando usava, era sempre “do caçalão”. E, sinceramente, quem nunca esteve num evento ajustando a peça como se fosse um roteiro paralelo da vida? Simone só verbalizou o que metade das brasileiras pensa no silêncio do ar-condicionado.
A conversa seguiu solta, leve, quase terapêutica. Nada de glamour fabricado: o Brasil inteiro recebeu de bandeja o manifesto definitivo a favor do conforto absoluto. Pijama folgado, liberdade corporal, respiração pélvica plena. É sobre isso e não está nada tudo bem em fingir o contrário.
Nas redes, o trecho viralizou mais rápido que notícia de separação de famoso. Memes, identificação, desabafos, comentários do tipo “finalmente alguém falou!”… virou tendência. Simone tocou num ponto que une mulheres de todas as idades, classes e signos: ninguém merece tecido apertando o dia inteiro.
No fim das contas, a cantora não apenas arrancou gargalhadas. Ela entregou conteúdo, verdade e alívio coletivo. E, convenhamos, não existe discurso mais poderoso do que uma mulher assumidamente confortável.
