Determinada a mudar o próprio destino, Cunegundes volta a vasculhar cada canto do sítio Dom Pedro II atrás das lendárias esmeraldas que, segundo ela, pertencem à família por direito. Sem a companhia de Jocasta, depois do susto com a temida “Mãe di Oro”, a caipira segue sozinha, mais teimosa e cheia de certezas do que nunca.
Logo cedo, Quinzinho estranha o movimento:
“Tá se aprumano pra que, paxão? Vai saí?”, questiona o marido.
Cunegundes, no entanto, nem pensa em recuar: “Só sussego quando cumprí minha missão i incuntrá a Mãe di Oro”, dispara, convicta.

Dominada pela inquietação desde a aparição misteriosa da entidade folclórica, ela insiste na caminhada, mesmo com o cansaço e a frustração batendo à porta. E é justamente quando pensa em desistir que o inesperado acontece. Em um desabafo carregado de fé e desespero, ela implora por um sinal:

“Mãe di Oro, cadê ocê, muié? Dá uma luz pra eu, dá? Mostra onde tá a mina das esmerarda… Má ieu tô passano necessidade. Mostra o caminho pr’eu, pur caridade, vai?”
E, então, o milagre: a tão procurada pedra surge diante dela. Atônita, Cunegundes mal consegue acreditar no que está vendo:
“Má que isso?! Não! Mãe di Oro, ocê oviu?! É uma esmerarda! Achei! Achei as esmerarda! Eu tô rica! Tô riiiiiiicaaaaaaa!”