Empresários do Distrito Federal têm repensado a forma como organizam suas viagens pessoais, especialmente aquelas ligadas a compromissos profissionais ou agendas mistas com a família. Em meio ao aumento dos custos e à complexidade das regras de programas de fidelidade, cresce a busca por gestão de milhas dentro de um modelo conhecido como travel legacy, que propõe tratar cada deslocamento como uma decisão estratégica.
A mudança reflete uma realidade comum entre empresários pessoa física: pouco tempo disponível para lidar com detalhes operacionais e alto impacto financeiro quando decisões são tomadas de forma improvisada. Nesse contexto, viajar deixou de ser uma escolha pontual e passou a exigir planejamento, previsibilidade e delegação.
A gestão de milhas, nesse modelo, envolve acompanhamento contínuo, controle de prazos, análise de custo-benefício e decisões antecipadas, reduzindo perdas recorrentes causadas por falta de organização ou urgência.
Fundada por Caio Nascimento, que atua como CEO, a empresa surgiu a partir da crítica a um modelo de viagens baseado no improviso e na falta de planejamento, comum entre empresários pessoa física com agendas intensas. A atuação se apoia na ideia de que decisões relacionadas a viagens envolvem tempo, dinheiro e estratégia, e não devem ser tratadas como escolhas pontuais ou operacionais fora de controle.
Especialistas apontam que o movimento acompanha uma tendência mais ampla de terceirização de funções que não fazem parte do núcleo estratégico do empresário. Ao delegar a gestão das viagens, o foco deixa de estar na execução e passa a estar na tomada de decisões mais seguras, com menos ruído e maior previsibilidade.