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Kátia Flávia
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Empreendedorismo Feminino: Miria Rezende criou uma indústria a partir do que seria descartado

Miria apostou no próprio potencial, enfrentou o desconhecido e construiu uma empresa que gera trabalho e impacto regional.

Kátia Flávia

26/12/2025 9h45

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Miria Rezende, no estoque da empresa que transforma resíduos industriais em negócio no Triângulo Mineiro.

De uma carreira na área da saúde ao comando de uma empresa de sacos de lixo em Uberaba, Miria Rezende transformou uma simples observação em um negócio sólido, inspirador e em constante crescimento no Triângulo Mineiro.

Por muitos anos, Miria atuou na área da saúde, profissão que sempre fez parte de sua identidade. “Eu gostava muito do que fazia, me dediquei por muitos anos, mas eu não imaginava que minha história iria mudar completamente”, relembra.

A mudança começou dentro de casa. Foi após uma conversa com o marido, Helbert Cuba, que a ideia de empreender começou a ganhar força.

“Ele chegou em mim e disse: ‘Miria, por que você não trabalha pra você? Você é comunicativa, empreendedora, inteligente’. Aquilo ficou na minha cabeça”, conta.

A virada aconteceu quando Miria esteve na indústria Plasticeres e percebeu a quantidade de materiais que seriam descartados. O que para muitos era apenas lixo, para ela virou questionamento e oportunidade.

“Eu olhei aquilo e pensei: por que a gente não pode recuperar? Por que precisa ir embora, ser jogado fora?”, afirma.

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À frente da própria indústria em Uberaba, Miria construiu uma trajetória marcada por persistência, aprendizado e impacto regional.

Mesmo sem experiência no setor industrial, ela decidiu começar.

“Eu não entendia nada, nada mesmo da área do plástico. Então fui estudar, pesquisar, aprender e trabalhar. Comecei do zero”, diz.

Pensamos em produzir, a partir daqueles produtos que seriam descartados, um saco para lixo diferenciado principalmente em qualidade para preencher uma lacuna que detectamos no mercado pela falta deste tipo de produto. Um produto que apesar de simples, quando não tem qualidade acaba se transformando em problemas para quem os utiliza. Assim nasceu a D&D.

“Eu embalava, vendia, fazia reposição nos supermercados e ainda entregava pessoalmente. Era muito trabalho, mas eu acreditava”, lembra.

Com o crescimento das vendas, surgiu a oportunidade de comprarmos a empresa DISPLAS, o que reforçou ainda mais nossa posição no mercado. Segundo a empreendedora, o caminho nunca foi fácil.

“Empreender não é simples. É um dia de cada vez. Tem cansaço, desafio, mas também muita gratidão por tudo que foi construído”, ressalta.

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Em registro de comemoração no ano passado, Miria celebrou mais um ano de vida e conquistas à frente da empresa que idealizou.

Hoje, a empresa de Miria se destaca no mercado regional de sacos de lixo, tornando-se referência no Triângulo Mineiro e exemplo de empreendedorismo feminino. Para ela, a principal mensagem é acreditar no próprio potencial.

“Se eu pudesse resumir, diria que tudo começa quando a gente acredita e decide não desistir”, conclui.

A trajetória de Miria reforça como o empreendedorismo pode surgir da criatividade, observação atenta do cotidiano e da disposição para aprender algo totalmente novo. Em seu aniversário no ano passado, ela colocou em destaque seu produto.

Ao transformar materiais descartados em oportunidade de negócio, Miria construiu uma empresa relevante no Triângulo Mineiro, gerando trabalho, renda e impacto. Sua história evidencia que iniciativas bem-sucedidas não nascem apenas de grandes estruturas, mas da combinação entre visão, persistência e dedicação contínua — elementos que seguem impulsionando o crescimento do seu empreendimento.

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