O Colégio Santa Cruz, tradicional instituição de ensino de elite da Zona Oeste de São Paulo, foi palco de uma grave denúncia envolvendo bullying e agressões praticadas por estudantes do ensino médio. Após uma investigação interna, a escola anunciou a suspensão de 34 alunos envolvidos em episódios de violência registrados em um grupo de WhatsApp com mais de 200 participantes.
O grupo, criado para a troca de mensagens entre estudantes, foi palco de comentários racistas, homofóbicos, misóginos e ameaças de estupro. De acordo com relatos obtidos pelo jornal O GLOBO, alunos mais velhos haviam criado uma espécie de “trote” contra os calouros deste ano, forçando-os a pagar por favores ou fazer tarefas humilhantes. Além disso, havia agressões físicas contra aqueles que utilizavam banheiros reservados aos estudantes mais velhos.
Em um áudio obtido pela reportagem, uma aluna descreveu a situação como “totalmente ultrapassada”, afirmando que os mais novos eram pressionados até a pagar por coisas, incluindo transações via Pix, além das agressões físicas contra quem desobedecesse as regras impostas pelos veteranos.
Em resposta, o Colégio Santa Cruz se manifestou por meio de uma nota oficial, repudiando qualquer tipo de violência e lamentando profundamente os incidentes. A escola anunciou que já está tomando medidas educacionais cabíveis, além de estar em processo de apuração para entender o envolvimento de cada aluno.
“Recebemos denúncias de agressões em grupo de WhatsApp envolvendo alunos do ensino médio do colégio. Prontamente, iniciamos a apuração dos fatos e estamos tomando as medidas educacionais cabíveis e comunicando-as aos alunos e às famílias envolvidas. O Colégio Santa Cruz, instituição pautada pelo respeito ao ser humano, repudia qualquer forma de violência e lamenta profundamente que tais atos tenham ocorrido entre estudantes da escola”, afirmou a nota da instituição.
Este caso gerou uma enorme repercussão, especialmente por se tratar de uma das escolas mais prestigiadas e caras de São Paulo. A comunidade escolar aguarda por mais esclarecimentos sobre como a situação será solucionada e quais ações a escola tomará para garantir que episódios como este não se repitam no futuro.